segunda-feira, 13 de abril de 2009

A reconstrução do templo



"Quem dentre vós é, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele e suba a Jerusalém de Judá e edifique a Casa do Senhor, Deus de Israel" Esdras 1:3


Quando os exércitos de Ciro chegaram diante dos muros de Babilônia os judeus que estavam atentos sabiam que seu cativeiro estava chegando ao fim. Havia mais de um século que essa situação havia sido profetizada por Isaías (Is 45) e seu cumprimento seria efetivo em breve para alegria dos Judeus que poderiam retornar à terra da promessa. Na maravilhosa forma como Ciro e seu exército entraram em Babilônia e a forma como a cidade foi dominada foi exatamente o que havia sido profetizado e isso era um sinal de Deus ao seu Povo mostrando que Deus guia os acontecimentos da História por amor de seu Povo e para sua libertação de qualquer jugo de opressão com que os homens os tenham prendido por inspiração e instigação de Satanás.
Associada à profecia da libertação do cativeiro estava a profecia de que Jerusalém seria reerguida e o templo fundado (Is 44:28). Não apenas nas profecias de Isaías o povo de Israel podia encontrar luz sobre esse momento de sua história, mas também no livro do profeta Jeremias havia várias menções aos planos misericordiosos de Deus para com seu povo errante (Jr 25:11-14 e 29:14). Daniel havia estudado essas profecias (Jr 29:10-13) e nelas confiava completamente (Dn 9:2) e orou para que o nome de Deus fosse vindicado e sua honra preservada e que todos aqueles que tinham pecado em Israel fossem perdoados (Dn 9:4-19). Após essa célebre e fervorosa oração Daniel foi visitado pelo anjo Gabriel e foi lhe concedida luz sobre o tempo profético que seria conhecido como “as 70 semanas” (Dn 9:24-27).
O céu se inclinou para ouvir a oração por perdão e restauração proferida por Daniel e as circunstâncias todas foram dirigidas de forma a cumpri-se os desígnios de Deus até que chegou o momento certo e o Senhor despertou o espírito de Ciro (Is 45:13) para compreender as profecias de que era objeto e o rei decretou a libertação dos judeus como resultado de sua comoção diante das Palavras da boca de Deus. O rei Ciro publicou em todas as nações seu desejo de libertação dos judeus convocando todos os dispersos a entregarem-se a obre de reconstrução de Jerusalém e da Casa de Deus em Judá (Ed 1:14) às despesas do império, sendo também devolvidos todos os utensílios que Nabucodonosor tinha roubado do templo de Salomão (Ed 6:3-5). A alegria de todos os que compreendiam a solenidade do que estava acontecendo era muito grande (Sl 126:1-3) e por todas as terras essa alegria foi experimentada.
Todos os que Deus despertou para a ação se colocaram em marcha, de volta para Jerusalém, cerca de cinqüenta mil para edificarem a casa do Senhor. Ciro investiu Zorobabel para ser o governador do grupo que retornava para a Judéia e a viagem perigosa e cansativa foi feita em segurança pela graça de Deus. Os chefes e depois todo o grupo deu ofertas voluntárias para o início da reconstrução (Ed 2:64-70). Antes de se estabelecerem no que restou de Jerusalém os israelitas fizeram um altar para sacrificar ao Senhor e celebraram a festa dos tabernáculos (Ed 3:1-6). O povo ansiava por perdão da parte de Deus e por manifestações de sua aceitação depois de tantos anos em cativeiro por causa de suas rebeldias e de seus pais.
A colocação da pedra fundamental foi testemunhada por muitos e expressões de louvor foram espontâneas e sinceras ao se entoarem as palavras “Louvai ao Senhor por que é bom, e sua misericórdia dura para sempre” (Ed 3:11). No meio dessa cena de alegria, alguns dos anciãos, já velhos, que haviam visto a glória do templo anterior choravam em alta voz e era difícil discernir a voz de choro e a voz de alegria no barulho feito pelo arrependido Israel (Ed 3:12-13).

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