quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O que esperamos de um novo ano???


A expectativa do que há de vir!


O início de um novo ano sempre nos inspira! Pensamos em mudar: Fazer diferente, sermos diferentes como pessoas, e como igreja! Esperamos o futuro, e essa expectativa pode significar duas coisas bem diferentes.

1) Podemos esperar que Deus nos conceda novas oportunidades de amá-lo e de amar as pessoas, e de resolver nossos desvios e fracassos espirituais. Assim, o futuro parece trazer consigo a esperança de uma vida mais coerente com a lei de Deus, com a qual pretendemos estar em harmonia
Apocalipse 14:12

Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus

Assim, movidos pelo desejo de refletir mais claramente a imagem de Jesus, muitos fazem votos de melhorar sua alimentação, fazer exercícios físicos, e viver de forma mais saudável para assim “glorificar a Deus no nosso corpo (1 Coríntios 6:20) e apresentá-lo como sacrifício santo e agradável (Romanos 12:1).

Outros estão conscientes de que a fidelidade à lei de Deus implica em amor real, intenso, não falsificado para com as pessoas de forma geral, pois está escrito: “Que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão” (1 João 4:21).

Alguns buscarão cumprir votos de passar mais tempo por dia orando, lendo a bíblia, fazendo trabalho missionário e construindo um relacionamento de maior comunhão com o céu. Enquanto outros buscarão lutar contra tendências herdadas ou cultivadas para o pecado em situações específicas em torno do dinheiro, do sexo, da mentira, e de todos os pecados que eles ainda possam ter contra os quais estão lutando.

Entretanto, lembramos que aceitamos fazer parte desse povo descrito no apocalipse como fiel, no passado, e desde então já erramos bastante em viver de forma digna dessa profissão de fé obediente! Isso nos conduz a vislumbrar um futuro bem diferente desse futuro esperançoso de vitória sobre o pecado.

2) Portanto, alguns têm a expectativa de que esse ano novo será uma repetição dos outros anos, que agora já estão no passado. Um ano de mesmice espiritual, e assim a filosofia de vida de alguns cristãos parece estar mais em harmonia com a filosofia dos ímpios dos últimos dias da história deste mundo:

Nos últimos dias virão escarnecedores como seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: onde está a promessa da sua vinda? Por que desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação (2 Pedro 3:3-4)

Diante desse tipo de perspectiva nos parece que nada vai mudar radicalmente em 2011, e assim o futuro parece bem menos brilhante!

Mas qual a perspectiva de Deus para o futuro da igreja? Onde podemos achá-la? E se acharmos, o que ela vai nos dizer?

Quando falamos do que Deus quer para o futuro da igreja, temos que ter alguns cuidados muito importantes:

Deus é um ser pessoal, consciente, onisciente e Todo-Poderoso. Assim, de forma absoluta, só Ele sabe o que Ele quer, e ele não designou aos seres humanos a tarefa de colocar em sua boca palavras que ele não disse:

Jeremias 22:31

Eis que eu sou contra esses profetas, diz o Senhor, que pregam a sua própria palavra e afirmam “Ele disse”

Assim é preciso entender que para dizer qual a expectativa de Deus para o futuro da igreja temos de recorrer, não às nossas impressões ou imaginações “piedosas”, mas precisamos recorrer às fontes designadas pelo Senhor, e elas são:

1) A Palavra de Deus

2) O Espírito Santo

Na Palavra de Deus temos a revelação do Senhor, a qual o Espírito Santo nos permite conhecer e entender. Nessa tarefa o Espírito do Senhor nos ilumina individualmente ao estudarmos a Palavra, como fez com muitas outras pessoas ao longo da história da humanidade, mas seus ensinos nunca contradizem a Palavra. Tudo que está em harmonia com a Palavra de Deus reflete a verdade e pode ser aceita como tal, dessa forma deus guia a igreja e lhe revela a sua verdade e sua vontade.

Então, qual a expectativa de Deus para o futuro da igreja?

Essa pergunta é simples, mas sua resposta pode ser muito complexa! Os planos de Deus para seu povo ocupam grandes porções de espaço nos registros sagrados e conhecer esses planos à medida que nos aproximamos da volta de Jesus deve ser objetivo de todos.

As profecias apontam para situações futuras, que aguardam a igreja, e todas elas formam um conjunto de experiências que conduzirão a igreja ao seu destino último: Jerusalém celestial.

Todo o processo no qual o povo de Deus está envolvido, desde a entrada do pecado no mundo é uma preparação para a volta ao lar de inocência, paz e amor perfeitos. Para tal necessitamos de redenção, e perdão de pecados, bem como de transformação de caráter e de atitude diante da vida, e o clímax desse processo está diante de nós.

Portanto podemos dizer seguramente que a expectativa de Deus para o futuro da igreja gira em torno de sua preparação para a Volta de Jesus.

“Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com teu Deus” (Amós 4:12)

Essa preparação para a volta de Jesus inclui muitas coisas:

Justificação:

“Os justos herdarão a terra e nela habitarão para sempre” (Salmo 37:29)

Se são os justos que viverão para sempre, na eternidade, então nós que somos injustos, todos pecadores, neccessitamos ser justificados para estarmos preparados para a volta de Jesus.

Somos justificados quando:

(1) Aceitamos a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de forma consciente através do batismo

Quem crer e for batizado será salvo (Marcos 16:16)

(2) Confessamos nossos pecados com sinceridade e arrependimento

Se confessamos os nossos pecados ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda injustiça (1 João 1:9)

Santificação:

Somos santificados quando:

(1) Exercemos a verdadeira fé em Jesus Cristo (Atos 26:18)

(2) Nos guardamos incontaminados do mundo (Tiago 1:27)

Desenvolver uma fé que suporte perseguição:

(1) Perseguição hoje (calúnias, más compreensões, etc.)

(2) Perseguição no futuro (fome, cansaço, decreto de morte)

Mas hoje eu quero meditar mais extensamente em um aspecto dessa preparação que ainda não mencionei...

Atos 1:1-11

A vida de Jesus (feitos e ensinamentos) v.1-2

A morte de Jesus (a redenção) v.3

A ressurreição de Jesus v. 3

A promessa do Batismo no Espírito Santo v.5

A expectativa do retorno de Jesus v.6

A repreensão do Senhor v.7

A promessa de poder por parte do Senhor reafirmada v.8

A missão ao mundo inteiro v.8

A exaltação de Jesus v.9

Os anjos proclamam a volta de Jesus v.10-11

Depois dessa experiência ocorreram duas coisas importantes na igreja apostólica:

1) A preparação espiritual

Todos perseveravam unânimes em oração... (1:14)

2) A organização da igreja

1:15-26 (a sorte sobre Matias e Barsabás)
As imagens do reavivamento e da reforma estão contidas aqui de uma forma adequada às necessidades da igreja apostólica no início de sua história.

“Precisa haver um reavivamento e uma reforma, sob a ministração do Espírito Santo. Reavivamento e reforma são duas coisas diversas. Reavivamento significa renovação da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual. Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas ideias e teorias, hábitos e práticas. A reforma não trará o bom fruto da justiça a menos que seja ligada com o reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem efetuar a obra que lhes é designada, e no realizá-la, precisam fundir-se. (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 128).

A oração unânime dos membros da igreja representa o reavivamento espiritual está aqui presente como símbolo da necessidade espiritual da igreja em todos os momentos de sua história, e hoje não seria diferente.

A organização da igreja sugere o símbolo da reforma no sentido de que as coisas devem ser colocadas cada qual em seu lugar para que tudo funcione de forma ordeira e adequada, e isso deve ser aplicado ao plano:

Espiritual (colocar a vida espiritual em ordem, que é um paralelo da imagem do reavivamento, bem como seu resultado). Crescimento em conhecimento e graça e poder espiritual não podem ser apenas teorias, mas uma realidade.
Assim também devemos crescer em direção aos que é mais prático na vida da igreja onde deve haver uma coerência efetiva entre a teoria do amor a Deus e às pessoas e a realidade da rotina da igreja no relacionamento dos membros entre si e dos membros com a comunidade.

O resultado de tudo isso? Pentecostes!!!

E se seguirmos o mesmo caminho o resultado será o derramamento da chuva serôdia entre nós. A qual nos preparará para a Volta de Jesus!

Zacarias 10:1

Pedi ao Senhor chuva no tempo das chuvas serôdias!

O reavivamento que culminará com a chuva serôdia seguirá as seguintes atitudes por parte dos verdadeiros filhos e filhas de Deus:

1) Sentir a necessidade do Espírito Santo (da chuva serôdia)

O Espírito Santo guia em toda a verdade (João 16:13), e vemos tantas pessoas seguindo a mentira! Mesmo dentro da igreja! Isso não nos mostra a necessidade que temos do Espírito Santo?

O Espírito Santo é o consolador (João 14:16). Num mundo de pecado, sofrimento, tristeza e morte não sentimos a necessidade do Espírito Santo?

O Espírito Santo é que derrama poder sobre a pregação do evangelho (Atos 1:8) Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, não estamos em busca desse poder? Ou estamos satisfeitos com os resultados de nossa pregação hoje? Sentimos a necessidade do Espírito Santo?

2) Orar pela chuva serôdia

Orar é um privilégio e uma responsabilidade (Então me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei, buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo vosso coração Jeremias 29:12-13), e devemos buscar a Deus em favor de toda a igreja, para que ela experimente o poder da presença do Espírito de Deus. Que a igreja não seja o palco da manifestação dos poucos dons espirituais de cantores e cantoras, pregadores e pregadoras, mas que seja uma comunidade de pecadores reconciliados com céu por meio da cruz que amam a Deus, que se amam e que amam os perdidos não só de língua, mas de fato e de verdade (1 João 3:18).

3) Estar disposto a ser guiado e usado pelo Espírito

A guia do Espírito Santo em nossa vida é resultado da entrega do coração a Deus depois do conhecimento de sua verdade e de sua vontade. (João 17:17)

Se não conhecermos a verdade de Deus como poderemos nos entregar a ela para sermos guiados em conformidade com a mesma pelo poder do Espírito Santo?

Assim também, se não estamos em harmonia com a vontade de Deus que conhecemos por atuação do Espírito Santo, como poderemos participar da chuva serôdia?

Sermos guiados e usados pelo Espírito não é resultado de imaginarmos qual a vontade de Deus, mas de a conhecermos e agirmos em conformidade com ela, dessa forma estaremos sendo guiados pelo Espírito e não pela carne.

4) Eliminar as coisas que fazem separação de Deus

Muitas coisas se colocam entre nós e Deus, para destruir essa comunhão. Enquanto não fomos unidos de coração e de mente com Deus e uns com os outros (com os verdadeiros cristãos) pouco ou nada poderemos fazer para a salvação das pessoas.

Devemos buscar de Deus poder de nos afastar do mal, e de viver o bem, e Deus atenderá tal pedido, pois “se pedimos alguma coisa segundo a sua vontade ele nos ouve, e se sabemos que nos ouve quanto ao que pedimos estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito” (1 João 5:14-15)

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Justificação pela Fé - Podcast geração 148

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Nesse podcast, Eu, Felipe Tonasso, Alberto Tasso e o Dr. Ozeas Caldas Moura discutimos a justificação pela fé no contexto da problemática envolvendo fé e obras, lei e graça...

Esse assunto é um dos assuntos mais fascinantes da Palavra de Deus e vale a pena se aprofundar nele de corpo e alma, por que esse tema se direciona frontalmente com os interesses eternos de todos os seres humanos...

A justificação pela fé é um cheque em branco para que aquele que "tem fé" faça o que quiser de sua vida sem mais prestar contas a Deus?

Realmente nossas obras não contribuem nem um pouquinho para nossa salvação?

Essas e outras perguntas foram contempladas nessa interessante discussão...

Participe dela... Ouvindo, comentando e divulgando

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Que a graça e a paz de Jesus Cristo seja com todos vocês!!!

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O Dilúvio de Gênesis - Podcast geração 148

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Nesse podcast Eu, Felipe Tonasso e Dr. Nahor Neves discutimos a dilúvio de gênesis como uma realidade ou mito diante das evidências científicas, especialmente geológicas (Especialidade do Dr. Nahor).
O Papo foi bem produtivo e informativo e possivelmente será necessário ouvir mais de uma vez para absorver bem os conceitos desse estudioso sobre esse tema interessantíssimo da Palavra de Deus e que gera muita polêmica nos meios acadêmicos e científicos.

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Graça e paz !!!

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Duplicidade


Homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos
Tiago 1:8
A verdade (vista como a realidade) não deveria ser tão ruim a ponto de prescindirmos dela para viver em paz com nossas familias, com a sociedade e muito menos com Deus. Mas o fato é que é isso que muitos estão tentado fazer: Enganar a si mesmos de que são bons, verdadeiros e justos quando este não é o caso, e creio que isso se dá como uma manifestação da necessidade psicológica de justificação que o ser humano tem. Nesse caso o termo justificação tem a conotação de explicar a necessidade de darem razão a si mesmos por serem o que são, o que muitas vezes implica em dar razão aos desvios de natureza e de conduta que o ser humano manifesta em suas escolhas e relacionamentos neste mundo.

Nesta tentativa de se justificar a si mesmo, o ser humano encontra a expressão da mais demoníaca de todas as suas inclinações que é a de querer encontrar justiça em si mesmo (onde ela não existe). E aqui evoca-se a família, a sociedade e a igreja como as responsáveis pelos erros que existem em si mesmo, e desta forma temos no cristianismo de alguns uma mera expressão de religiosidade sincrética que mescla elementos pagãos (justificação própria ou apaziguamento da ira dos deuses por qualquer tipo de "obras" de penitência ou merecimento),  espiritualistas (evolução da alma e culpa do pecado no carma e não na decisão ou natureza humana), e demoníacas (tornar o pecado  em qualquer de suas dimensões algo normal e aceitável).
E é nessa situação que Tiago, inspirado pelo Espírito Santo, e tratando da necessidade de sabedoria para entender a verdade de Deus e vivê-la, diz que Deus a concede ao que lhe pede. O conselho inspirado vai mais longe e diz que aquele que pede vá a Deus "nada duvidando" (Tg 1:6) e explica que aquele que duvida é semelhante à onde do mar e que esse homem não alcançará coisa alguma da parte do Senhor (1:7), pois é de ânimo dobre em todos os seus caminhos...

Pensamentos importantes surgem dessa imagem: Um homem divido entre a oração e a dúvida. Ou seja, ele crê em Deus, em seu poder, mas não crê. O paradoxo é insolúvel e retrata a vida religiosa de muitos que na teoria querem a Deus, sua redençao e sua lei no coração, mas em realidade negam isso por duvidar do poder e da boa vontade de Deus em conceder perdão e poder.

Tenho certeza de que há espaço para os filhos e filhas de Deus duvidarem: O que Deus quer? Quando Deus mudará minha sorte? Quando Jesus voltará?

Mas duvidar do amor perdoador e da graça de Deus manifestada em Jesus Cristo é muito  mais que isso, é a exteriorização de um relacionamento rompido com Deus, e essa pessoa nada alcançará da parte do Senhor, uma vez que se relacioa com Deus não na base da sinceridade e fé, mas da incerteza e infidelidade.

Essa duplicidade no relacionamento do homem com Deus certamente há de deturpar o relacionamento desse homem com os outros e assim a mentira, a hipocrisia e a duplicidade invadiram todos os âmbitos da vida e essa é a maior desgraça que pode ocorrer na vida de um cristão, a de ser indistinto dos mundanos que vivem como pagãos e que não conhecem a Deus.

A duplicidade entre a certeza e a dúvida sobre o amor de Deus não deve ser abrigada no coração daquele que se aproxima de Deus para lhe pedir sabedoria para viver em um mundo tão complexo, e Deus pode, e há de nos guiar em meio aos desafios profissionais, dos relacionamentos e dos tempos que diante de nós estão.

Oremos a Deus pedindo sabedoria do céu para sermos integros e retos de coração e nos nossos relacionamentos

Deus, Pai Todo Poderoso

Em nome de Jesus Cristo estamos em tua presença agora e sempre

Vivemos em ti e queremos a ti: Teu perdão, Teu poder, Tua graça e Tua paz

Nada merecemos

Nada podemos

Mas temos absoluta certeza de que tudo podes Senhor Nosso e Deus Nosso

Precisamos de sabedoria para nos guiar, e de amor para amar as pessoas e ao Senhor que nos amou primeiro

Nos fortalece e nos cura de nossas duplicidades e infidelidades
e assim que um dia possamos viver à luz da tua face para todo o sempre

em nome de Jesus

Amem!

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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Perfeito, Perfeição (Dicionário Bíblico Adventista)

Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus... prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá...
Filipenses 3:12-15

O tema da perfeição é fascinante e importante no estudo da mensagem bíblica e é de interesse de todos os que amam a Palavra de Deus e desejam viver por ela entender seu significado e manifestação na vida dos crentes em Jesus Cristo.
Nesse Post trago a tradução do verbete "Perfeito; Perfeição" do Dicionário Bíblico Adventista, que expõe algumas noções básicas do entendimento bíblico adventista nessa questão crucial para a compreensão da mensagem da salvação!

Para ter acesso ao verbete traduzido apenas clique no link "Mais informações" logo abaixo

Graça e Paz!!!

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Deus - Sexo - Pós-modernidade - Podcast geração 148


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Esse podcast, com a presença da psicóloga Sandra Silva trata de um dos assuntos mais pertinentes e "desejados" de todos os seres humanos que é o tema da sexualidade...

...de forma abrangente eu, Felipe Tonasso e a Dr. Sandra discutimos de forma dinâmica a aberta sobre a sexualidade desde sua base na infância, seu amadurecimento da adolescência e sua manifestação no namoro/noivado (pode?) e no casamento, bem como problemas e bençãos associados com a questão da sexualidade com o objetivo de desfrutarmos de uma vida plena, saudável e agradável aos olhos do Pai   

Ouça, comente e divulgue esse excelente conteúdo
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Graça e paz a todos vocês!!!

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Uma profecia impressionante - Podcast geração 148


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Nesse podcast, eu, Antonio Simão e Reinaldo Siqueira discutimos sobre uma das mais impressionantes profecias da Palavra de Deus. O livro de Daniel é um livro cheio de mistérios, imagens e profecias radicais e dentre todas essas profecias, o capítulo 9 se destaca como fonte de uma predição messiânica incrível e inigualável!

Vale a pena ouvir esse conteúdo com a Bíblia aberta, e coração atento à Palavra do Senhor, e ao se fazer isso o estudante será recompensado com vislumbres profundos da exatidão da Palavra da profecia desse profeta inspirado por Deus que viveu 6 séculos antes de Cristo!

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Graça e paz a todos!

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A profecia de Daniel 9 e a unção do santo dos santos




Daniel 9 é uma profecia maravilhosa e esse vídeo esclarece vários pontos importantes dessa profecia!

Assista e divulgue!

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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Filosofia das origens - Podcast geração 148


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De onde vem a vida? o universo? a realidade?
Criacionismo e Evolucionismo polarizam as atenções das pessoas em torno das respostas a essas perguntas e  existe um campo filosófico e científico enorme para ser explorado ao se buscar evidências de qual dessas cosmovisões, teorias, ou estruturas conceituais de pensamento tem realmente razão e se aproximam mais dos fatos que moldaram a existência tal como a conhecemos hoje...

Nesse bate papo pra lá de instrutivo, Eu, Felipe Tonasso e  Nahor Neves (Doutor em Geologia) discutimos as bases das compreensões criacionistas e evolucionistas (e também do design inteligente) sobre as origens da vida humana, como de todo o universo

Imperdível!

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Graça e paz a todos vocês

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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O sábado: origem, significados e propósitos


Lembra-te do dia de sábado para o santificar
êxodo 20:8

Nesses vídeos (que fazem parte de um sermão) eu exploro algumas questões relacionadas à guarda do sábado do ponto de vista de sua origem, do mandamento de Deus para sua observância, de dificuldades relacionados à interpretação da validade de tal preceito para os cristãos hoje e dos objetivos da guarda do sábado, tal como intencionado por Deus.

Vale a pena ver esse conteúdo, bem como utilizá-lo para o esclarecimento de outros em torno das verdade da Palavra de Deus em torno do assunto do sábado














Graça e paz!

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Trindade: Mito ou realidade? podcast geração 148


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A Doutrina de Deus é a doutrina mais importante que encontramos na Revelação. Todos os assuntos da Bíblia têm por pano de fundo um Deus Criador e Salvador...

Entretanto, tal doutrina não poderia deixar de estar envolvida em discussões e ser objeto de inúmeras interpretações diferentes e conflitantes entre si...

Nesse podcast, eu e Felipe Tonasso conversamos com Alberto Timm, Reitor do SALT (Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia) e responsável pelo Espírito de Profecia na DSA (Divisão Sul-Americana dos Adventistas do Sétimo dia)...

Questionamos os fundamentos Bíblicos da Doutrina da Trindade, e o lugar de Cristo e do Espírito Santo na Divindade...

Imperdível!

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Redescobrindo a Bíblia - Podcast geração 148


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Redescobrir a Bíblia é um privilégio de todo cristão... Descortinar perspectivas mais amplas em torno do conhecimento da História do mundo, da história de Israel e da história da igreja é um universo de descobertas fantásticas e empolgantes.
Quando entramos nos campos mais filosóficos, doutrinários, conceituais e espirituais essa jornada se torna ainda mais vibrante e recompensadora...

Nesse podcast, o pastor Ozeas Caldas Moura (professor de teologia no Unasp e ex redator da Casa Publicadora Brasileira) participa de uma conversa bem humorada e profunda em torno da história da Bíblia e de certos aspectos relacionados à sua interpretação e aplicação hoje em dia...

Espero que todos façam bom proveito

Desfrutem, comentem e opinem

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Graça e paz

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Missão Malásia 2010

Rendei graças ao Senhor, invocai o seu nome, fazei conhecidos, entre os povos, os seus feitos.
Salmo 105:1

O Senhor me concedeu, na metade de 2010, uma experiência missionária maravilhosa, quando fiz parte de um grupo missionário brasileiro pioneiro em uma missão ao extremo oriente, mais precisamente no país da Malásia.

Os desafios do campo missionário foram vividos por todos os membros da missão na questão da alimentação, da língua, da cultura diferente e estranha à nossa própria. Essas realidades nos enfrentaram e nos conscientizaram da necessidade de sermos sensíveis às pessoas nas suas necessidades e formas de pensar peculiares para então apresentar a elas o evangelho de Cristo forma relevante e salvadora.

Na época de nossa missão, meu amigo e parceiro Felipe Tonasso (que está de ste novo!!! confiram: http://felipetonasso.com/ ) disponibilizou muitos vídeos e posts sobre a missão, que vocês podem conferir nesse link: 


Que essas mensagens possam inspirar a muitos a se envolverem com a missão de Cristo ao mundo!

"E será pregado esse evangelho do Reino a todos os povos, em testemunho de todas as nações, e então virá o fim" (Mateus 24:14)

Graça e Paz!!!

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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Escola Sabatina no século 21


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Pensar, re-pensar / fazer e re-fazer a Escola Sabatina é uma tarefa de todos nós... Essa tarefa exige empenho com inteligência, criatividade e fidelidade a esse ministério de potencial enorme...

Nesse bate papo informal ainda que bastante sério, discutimos com o Departamental da Divisão Sul-Americana para Escola Sabatina para os próximos cinco anos...

O histórico da Escola Sabatina, os problemas atuais, e os planos para o futuro próximo foram contemplados nessa conversa e todos que se interessam pela prosperidade espiritual da Igreja devem ouvir esse conteúdo e divulgá-lo para as outras pessoas, estejam elas na liderança da escola sabatina ou na membresia...

Comentem, opinem e divulguem esse conteúdo!

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Graça e paz a todos...

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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Vida Cristã coerente - Podcast geração 148


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Podcast sobre Vida Cristã coerente com a presença especial do Pastor Valdecir Lima...

Comente, opine, e divulgue esse conteúdo!

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Graça e paz!
Maranata!

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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ministério Jovem com propósito - Podcast Geração 148



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Nesta discussão foram colocadas questões importantíssimas sobre objetividade de uma sociedade cristã de jovens que está interessada não apenas em sem um círculo de atividade social/espiritual separados dos propósitos mais elevados do cristianismo: Ser instrumento de salvação na vida das pessoas...

Como ser relevante na nossa comunidade?
Como conquistar jovens para Cristo?
Como desenvolver espiritualidade com objetividade? 


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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Missão Global - Podcast geração 148


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Podcast gravado em 31/08/2010 com o tema: Missão global...

Um excelente bate papo com 4 convidados especiais:

 Pr. Wolter (coordenador do núcleo de missões do unasp-ec); 

Alberto Tasso (experiências missionárias no Brasil e nos EUA, Itália e Malásia); 

Juliana Gobira (experiência missionária no Brasil e na África (Moçambique); 

Ezequiel Gomes (autor desse blog e com experiência missionária no Brasil e na Ásia (Malásia); 

Apresentado por: Felipe Tonasso (experiência missionária no Brasil e na Ásia (malásia), 

Esses missionários estiveram conversando sobre experiências, e realidades espirituais relacionadas com a missão de pregação do evangelho a TODO mundo.

O bate papo foi muito descontraído, informal, mas ao mesmo tempo que muito sério e interessante. O que é a missão global, sua relevãncia, e como realizá-la foram alguns dos tópicos abordados com conhecimento de causa por esses missionários adventistas. 

Vale a pena ouvir e divulgar esse conteúdo.

Graça e paz

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sábado, 21 de agosto de 2010

Kasih Yesus - Louvor a Deus na língua Bahasa Malaio (Malásia)


Dar-te-ei graças na grande congregação, louvar-te-ei no meio da multidão
Salmo 35:18


Recordando-me da missão Malásia, realizada em julho de 2010 por alguns estudantes do Unasp-EC tive o privilégio de me lembrar de uma música de louvor que gravei na língua nativa da malásia (Bahasa Malaio), e que coloquei no youtube. Tive a disposição de disponibilizar essa gravação para todos que desejarem conhecer mais de nossa missão naquele país muçulmano onde batizamos ao todo 140 pessoas para honra e glória somente do Senhor Deus!


Que esse louvor vos inspire a levar o evangelho de Cristo a todo povo, nação, tribo e língua!


Graça e Paz!!!

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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Deus no livro de Daniel


"Quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?" Daniel 3:15

Essa pergunta infeliz e pretensiosa feita pelo rei da Babilônia é o pano de fundo para esse estudo interessantíssimo sobre a pessoa de Deus (seus atributos, prerrogativas, ações) nesse importante livro da Palavra de Deus...

Espero que todos apreciem

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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Dicotomia entre teoria e prática na vida cristã


Coerência entre teoria e prática deve ser o alvo daqueles que acreditam que amar a Deus e amar as pessoas é a Lei do céu!

(para ouvir esse podcast, clique na imagem a esquerda do player abaixo, espere carregar, ouça e Deus abençoe!)




Nesse podcast eu faço breves reflexões sobre uma situação bastante delicada, que trata da dicotomia que muitas vezes existe entre a teoria/filosofia de vida cristã sobre amor, fé, simplicidade, justiça e pureza, e a realidade pecaminosa e incoerente vivida entre alguns cristãos...

faça o Download desse podcast aqui:


Graça e paz a todos!

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quarta-feira, 30 de junho de 2010

domingo, 4 de abril de 2010

Justificação pela fé: Uma abordagem adventista...






A justificação, da perspectiva adventista é a realidade na qual se baseia nossa segurança diante do juízo final de Deus sobre a humanidade. Essa realidade por si só, nos guia a estudar esse assunto de forma sincera profunda e constante.


Estou trazendo nesse post uma tradução de um artigo relativo ao entendimento adventista da justificação. Esse artigo foi escrito por Peter M. Van Bemmelen, e originalmente foi tirado do "instituto de pesquisas bíblicas da associação geral"

Lutero escreveu que a doutrina da justificação pela fé é a verdade diante da qual uma igreja está em pé ou caída e graças a Deus por nosso Senhor Jesus Cristo que através de Espírito Santo nos leva à verdade de Deus, e assim, justificados pela fé, temos paz com Deus (Romanos 5:1)

boa leitura a todos...







Justificação pela fé: Um entendimento adventista
Peter M. Van Bemmelen, Th.D.

Introdução:

            Os Adventistas do sétimo dia crêem que eles têm sido chamados para proclamar o evangelho eterno para cada nação, tribo, povo, língua e povo no contexto das 3 mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12. Essas mensagens são o apelo final de Deus para a raça humana antes da segunda vinda de Jesus Cristo (ver Apocalipse 14:14-20). A expressão “evangelho eterno” que ocorre apenas nessa passagem do Novo Testamento, tem implicações importantes. Primeiro de tudo implica que o Evangelho era o propósito de Deus desde a eternidade. Esse eterno e divino propósito está enraizado no amor eterno de Deus como afirmado em Jeremias 31:3 e João 3:16. Em segundo lugar, implica que há somente um evangelho pelo qual os caídos seres humanos podem ser salvos e que esse é o Evangelho de Jesus Cristo, como Paulo às vezes se refere a ele (Romanos 15:9; 1 Cor 9:12; etc.). Em outras palavras, desde os dias de Adão e Eva até o fim do mundo só houve e só haverá apenas um evangelho, uma maneira de salvação. Nas palavras do apóstolo: “Pois sois salvos pela graça mediante a fé, e isso não vem de vós, é dom de Deus, não de obras para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9). Pedro falando de salvação através de Jesus Cristo perante os líderes religiosos de Israel foi bastante enfático: “Pois não há salvação em nenhum outro, não há outro nome dado aos homens debaixo do céu pelo qual devem ser salvos” (Atos 4:12).
            Os adventistas sempre perceberam a si mesmos como herdeiros das grandes verdades recuperadas e proclamadas pelos reformadores protestantes. Como afirmado no relatório de conclusão de mais um diálogo bilateral: “Os adventistas têm uma elevada apreciação pela reforma. Eles vêem a si mesmos como herdeiros de Lutero e dos reformadores, especialmente em seu adotar dos princípios de “Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Solo Christo”.[i] Isso coloca o adventismo em harmonia com o entendimento evangélico tradicional de Justificação pela fé, e também com a tradição dos pais da igreja, pois, de acordo com Thomas Oden, “os principais reformadores que apelam para Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide são encontradas abundantemente no interpretes patrísticos das Escrituras.” [ii] Nesse documento nós intencionamos apresentar o entendimento adventista da unidade dos ensinamentos da Escritura no tema da justificação pela fé somente em Cristo e somente pela Graça. Em seguida tratarei do alegado conflito entre alguns ensinamentos específicos dos adventistas, como sua ênfase na observância do sábado, e a visão protestante tradicional de justificação pela fé será considerada.

            O fundamento do ensino da justificação pela fé no Velho Testamento                  
           
A unidade das Escrituras não significa uniformidade. Esperar afirmações teológicas muito explícitas como as encontradas em Paulo no Velho Testamento mostra uma falta de apreciação da diversidade na revelação de Deus para e em relação com os mensageiros inspirados. Ainda assim, o próprio Paulo apela para o Velho Testamento para mostrar a unidade entre seu ensinamento de Justificação pela fé ou justiça pela fé com os ensinamentos de Moisés e dos profetas. “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;” (Romanos 3:21). É portanto essencial estudar cuidadosamente o que o Velho testamento ensina sobre justiça e sobre justificação. Obviamente, aqui vamos tratar apenas com alguns dos aspectos mais pertinentes do assunto em pauta.
O Velho Testamento proclama a justiça de Deus em todo seu relacionamento com Israel. Na canção majestosa, que Moisés ensinou, por ordem de Deus, os israelitas cantarem, Moisés proclama o nome do Senhor nessas palavras: “Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto.” (Deuteronômio 32:4). A justiça de Yahweh é manifesta de acordo com as bênçãos e maldições do concerto de deuteronômio 38, em atos de julgamento (ver por exemplo: 2 Crônicas 12:1-6; Daniel 9:3-14; Neemias 9:8) e em atos de salvação. Esses últimos são referidos às vezes como a “tsidqot Yahweh”, que pode ser traduzido como a justiça ou os atos justos do Senhor (ver por exemplo: Juízes 5:10; 1 Samuel 12:6-7; Miquéias 6:5). É importante perceber que no Velho Testamento a justiça de Deus é às vezes equivalente à salvação de Deus como pode ser observado no paralelismo hebraico (ver Isaías 51:6,8).
Quando chega à justiça humana, o Velho Testamento apresenta-nos um aparente paradoxo. Há persistentes e enfáticas afirmações de que ninguém é justo, que todos pecaram. Davi pleiteou com Deus “Não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não há justo nenhum vivente.” (Salmo 143:2). Salomão reconheceu em sua oração para a dedicação do templo: “não há ninguém que não peque” (1 Crônicas 6:36). Ele repete esse pensamento em Eclesiastes 7:20 “Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque.” Moisés por três vezes disse para que os israelitas não pensassem que o Senhor os estava dando a terra de Canaã  por causa da justiça deles. Ele afirmou o contrário, “sois um povo de dura cerviz” (Deut. 9:4-6). O paradoxo é que os mesmos escritores e o Velho Testamento como um todo faz uma distinção da humanidade em duas classes: Os Justos e os Ímpios ou algumas distinções similares a esta. Isso levanta a pergunta crucial: “Como pode qualquer ser humano ser chamado de Just diante da afirmação que ninguém é justo e que todos pecaram?” A importância dessa questão é intensificada quando encontramos pessoas designadas como justas, inculpáveis, ou coisas como: “amigo de Deus” ou “mui amado” como nos casos de Noé, Jó, Abraão e Daniel (ver Gen. 7:1; Jó 1:1; Is. 41:8; Dan. 9:23), como pecadoras e confessando pecados. É evidente que a justiça dessas pessoas não é idêntica a impecaminosidade. Como então eles podem ser chamados de justos ou inculpáveis. Edmund Clowney acentua quão crucial é essa questão: “Como pode um homem ser justo com Deus? Toda a história do Velho Testamento depende da resposta de Deus a essa questão.” [iii]         
A resposta óbvia é que Yahweh, o Deus do concerto, justifica aquele que nele crê, que confia em suas promessas, que reconhece seu pecado, que se lançam sob a misericórdia de Deus, e se convertem de suas injustiças. De Abraão nós lemos: “Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça.” (Gen. 15:6). Jó, de quem o Senhor testificou que ele era: “homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.” Foi confrontado com uma pergunta vinda do Senhor: “Acaso, anularás tu, de fato, o meu juízo? Ou me condenarás, para te justificares?” (Jó 40:8). Diante do Santo e justo Deus Jô reconheceu sua pecaminosidade e respondeu: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.” Jó 42:5-6. Davi, o ungido do Senhor, quando convicto de seu pecado contra Deus por adultério e assassinato, confessou seu pecado e achou perdão (2 Samuel 12:13). De acordo com os salmos 32 e 51 ele foi justificado diante de Deus e pôde cantar: “Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração.” (Salmo 32:11). Isso é justificação pela fé pela graça somente. A justiça dos justos no Velho Testamento é um dom concedido pelo Deus justo. Essa é o porquê de Davi por todos os salmos exala a justiça de Deus. Paulo afirmou a verdade quando ele disse que a Lei e os profetas testificaram da “justiça de Deus, separada da Lei” (Romanos 3:21).
Esses temas vetero-testamentários são mais plenamente desenvolvidos por Edmund Clowney em eu capítulo: “A doutrina da justificação pela fé” no livro Justo com Deus: a justificação na Bíblia e o mundo, publicado em 1992 por causa da “comunhão do mundo evangélico”. Os adventistas do sétimo dia, creio eu, concordariam de todo o coração com muito, senão com toda a cuidadosa apresentação bíblica de Clowney. Clowney seguindo McGrath, mostra que o verbo hebraico hasdiq “sempre significa [declarar estar correto (justo)] e somente então absolver ou vindicar”. Com um apelo para Deuteronômio 25:1, onde os juízes de Israel são mandados “justificar o justo e condenar o ímpio”, ele afirma ser claro que “condenar” nesse caso significa “declarar ser ímpio”, não “tornar alguém ímpio”, e que “justificar” deve significar “declarar ser justo” e não “tornar alguém justo”. Esse significado é consistente no Velho Testamento. O Senhor admoesta os juízes a dar veredictos justos por que Deus é o supremo juiz, que testifica de si mesmo: “Eu não vou absolver (ou justificar) o culpado” (Êxodo 23:7). Enquanto Deus está aqui falando no contexto de tribunais de justiça terrenos, se torna aparente que quando percorremos as Escrituras vemos que essas admoestações têm um significado soteriológico mais profundo. É necessário sublinhar que o “justificar” é um termo legal, declarando que alguém não é culpado. O significado básico de justificação como um veredicto judicial é mantido mesmo quando conduz a um significado mais amplo na revelação progressiva de Deus e nas reflexões teológicas sobre essa revelação.

Justificação pela fé em Cristo somente

Os adventistas do sétimo dia acreditam firmemente e de todo o coração que a salvação é puramente um dom de Deus em Jesus Cristo. Pecadores como somos, não podemos adicionar nada à perfeita justiça de Cristo, que ele realizou em sua encarnação por sua perfeita obediência á lei de Deus e por sua morte na cruz por nossos pecados. Nas palavras de uma das crenças fundamentais dos adventistas:

Na vida de Cristo, de perfeita obediência à vontade de Deus, e em Seu sofrimento, morte e ressurreição, Deus proveu o único meio de expiação do pecado humano, de modo que os que aceitam essa expiação pela fé possam ter vida eterna, e toda a criação compreenda melhor o infinito e santo amor do Criador. Esta expiação perfeita vindica a justiça da lei de Deus e a benignidade de Seu caráter; pois ela não somente condena o nosso pecado, mas também provê o nosso perdão. – Crenças Fundamentais, 9      
                
“Salvação através de Cristo somente” é algo central para o entendimento adventista e experiência de salvação. Apesar de que durante nossa história de mais de 160 anos ela nem sempre recebeu a ênfase esperada, essa crença central pode ser traçada por todo esse período com acentuação e articulação crescente nos livros, tratados e periódicos fluindo aos milhões a partir das casas publicadoras adventistas por todo o mundo. O mesmo é verdade considerando-se o evangelismo adventista de uma grande variedade de formas diferentes, desde pequenos grupos de estudo em casas particulares até aos evangelismos com alta tecnologia por satélites e pela rede mundial de computadores. Aqui nós podemos apenas pontuar evidências significativas dessa ênfase Cristocêntrica no entendimento adventista da justificação pela fé.
Nos escritos de Ellen White, a autora mais lida entre os adventistas, Cristo é consistentemente apresentado como a única esperança e o único meio de salvação para os pecadores seres humanos. Ela escreveu em 1891, “de todos os professos cristãos, os adventistas do sétimo dia deveriam ser os primeiros a levar Cristo perante o mundo” [iv] Ela mesma fez exatamente o que seus escritos testemunhavam.

Relativamente à justificação pela fé, ela foi explícita. Note sua forte ênfase.

“Não há um ponto que necessite ser realçado com mais diligência, repetido com mais freqüência ou estabelecido com mais firmeza na mente de todos, do que a impossibilidade de o homem caído merecer alguma coisa por suas próprias e melhores boas obras. A salvação é unicamente pela fé em Jesus Cristo”. (fé e obras, 19)

“O sangue de Cristo foi derramado para expiação e purificação do pecador. E nós devemos nos apegar aos méritos do sangue de Cristo, e acreditar que temos vida em seu nome. Não permita que as falácias de Satanás te enganem, você é justificado somente pela fé” (Signs of the Times, March 24, 1890)

Não é surpreendente que Ellen White tinha uma grande consideração pela epístola aos Romanos de Paulo. “Com grande clareza e poder a apóstolo apresentou a doutrina da justificação pela fé em Cristo.” Ela comenta o fato de Paulo poder apenas prever diminutamente o longo alcance que suas palavras teriam. “Por todas as eras a grande verdade da justificação pela fé tem se levantado como uma poderosa coluna para guiar os pecadores ao arrependimento e ao caminho da vida”. Ela menciona a experiência de Martinho Lutero e então conclui que pela “epístola para a igreja de Roma, todo cristão tem razão de agradecer a Deus” (Atos dos apóstolos 373, 374). A importância da carta aos romanos e as outras cartas de Paulo para o entendimento adventista do Evangelho é manifestado nas publicações acadêmicas assim como nas publicações bíblicas e devocionais de forma geral. [v]
Como afirmado anteriormente, os adventistas acreditam que há apenas uma forma de salvação de Genesis ao Apocalipse e essa forma é a fé em Cristo e sua justiça. Essa crença central pode ser e tem sido expressa em diferentes palavras, da mesma forma como as Escrituras não são monótonas, mas apresentam a verdade do Evangelho eterno de diversas maneiras. Enquanto os eruditos adventistas podem diferir de opinião a respeito de certos aspectos do evangelho, da mesma forma diferenças podem ser encontradas entre os eruditos de outras denominações, há significativa unidade relativamente à justificação pela fé somente. Nas palavras de teólogo adventista Hans LaRondelle:

“Básico ao adventismo é o princípio do evangelho que a salvação humana não é pela lei e nem pelas obras humanas, mas somente pela salvadora graça de Deus. ...a crença adventista aceita a Cristo como um substituto e como um exemplo, nessa ordem irreversível. Fé em Cristo como nosso substituto diante de Deus provê nossa justificação como um ato de declaração de Deus reputando como justo o pecador arrependido. Justificação é vista como o oposto da condenação (ver Romanos 5:16; 8:1, 33, 34). A base da justificação do crente não é sua observância da lei, mas a perfeita obediência de Cristo (Romanos 5:18,19).
                  
            Indubitavelmente a justificação é primariamente uma declaração judicial de Deus de que o pecador que crê em Cristo é justo. Isso é o oposto da condenação. Mas a fé pela qual somos justificados não é meramente assentimento mental a uma determinada doutrina. É uma fé viva que se apropria de Cristo e de seu sacrifício expiatório. Lutero diferenciou entre “fé adquirida” e “fé verdadeira”. Ele escreveu: “Fé adquirida resulta de seu objetivo e uso da paixão de Cristo em mera especulação. A fé verdadeira resulta de seu objetivo e uso da paixão em vida e salvação... A fé verdadeira abraça de braços abertos o filho de Deus entregue por si e diz “eu sou do meu amado e o meu amado é meu” [vi]
            Ellen White de uma forma semelhante escreveu que “há milhares que crêem no evangelho e em Jesus Cristo como redentor do mundo, mas eles não são salvos por essa fé. Isso é apenas um concordar com o julgamento que virá em breve...” Ela chama isso de fé geral e a contrasta coma fé que se apega a Cristo como o salvador que perdoa o pecado, uma fé que conduz ao arrependimento, “uma fé que faz uma obra naquele que a recebe, uma fé no sacrifício expiatório, uma fé que atua pelo amor e que purifica a alma” [vii] Ele clarifica adiante essa fé com as palavras: “o momento em que se exercita fé verdadeira na expiação de Cristo, o aceitando como salvador pessoal é o momento no qual o pecador é justificado perante Deus, pois é perdoado.” [viii]           
           
Algumas áreas alegadamente problemáticas no ensino adventista relacionado à justificação pela fé

            Os adventistas do sétimo dia não têm escapado de acusações de não crer no ensinamento bíblico da justificação pela fé pela graça somente e através da fé. Anthony Hoekema em seu livro “As quatro maiores seitas”, expressa sua convicção que os adventistas “apesar de dizerem ensinar a salvação somente pela graça” eles são na verdade culpados de uma forma de legalismo misturado. [ix] Ele baseia essa declaração no ensino adventista do juízo investigativo e em seu ensino a respeito da necessária observância do sábado do sétimo dia, o verdadeiro dia do Senhor (especialmente na configuração escatológica de Apocalipse 13:11-17). [x] Por essas e uma quantidade de outras razões ele classifica o adventismo do sétimo dia como uma seita. Críticas similares têm sido levantadas por outras pessoas, e não poucos são ex-adventistas. E nem todos concordam com os argumentos de Hoekema. É digno de nota que o erudito evangélico Walter Martin em seu trabalho “o império das seitas” demonstra várias inconsistências nas racionalizações de Hoekema. Apesar de o próprio Martin não concordar com certas crenças dos adventistas, ele aceita como genuína a enfática afirmação deles: “a salvação vem tão somente pela graça de Deus através da fé no sacrifício de Jesus Cristo sobre a cruz” [xi] É verdade que os adventistas do sétimo dia acreditam que os 10 mandamentos, incluindo-se a santificação do sábado do sétimo dia ainda estão vigentes sobre toda a humanidade, mas isso não significa que eles crêem em qualquer sentido que pecadores possam ser justificados através da obediência aos mandamentos. Neste aspecto a crença adventista concorda com a posição dos reformadores protestantes como afirmado, por exemplo, na segunda confissão Helvética de 1566, que diz no capítulo 12, intitulado: A Lei de Deus

Nós acreditamos que esta lei não foi dada aos homens que eles não podem ser justificados por guardá-la, mas para que nos ensinasse qual (nossa) fraqueza, pecado e condenação, e, em desesperança diante de nossa própria força, pudéssemos ser convertidos a Cristo em fé. Pois o apóstolo declara abertamente: "A lei traz a ira", e "Pela lei vem o conhecimento do pecado" (Rm 4:15; 3:20), e "Se a lei tivesse sido dada e pudesse justificar ou trazer vida, então a justiça seria de fato pela lei. Mas a Escritura (isto é, a lei) encerrou todos sob o pecado, para que a promessa que era da fé em Jesus pudesse ser dada para aqueles que acreditam .... Portanto, a lei nos serviu de aio para Cristo, para que pudéssemos ser justificados pela fé "(Gal.3: 21 e ss.).        

O mesmo artigo, contudo, se inicia afirmando que “acreditamos que a vontade de Deus é explicada para nós pela lei de Deus, o que Ele quer ou não o quer que nós façamos, o que é bom e justo, ou o que é mau e injusto. Portanto, confessamos que a lei é boa e santa.” [xii] Os adventistas, aceitando tal ensinamento como congruente com as Escrituras, crêem que a promessa da nova aliança do Senhor, como dada por Jeremias e repetida em Hebreus 8:10 “... na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.” Será cumprida na vida daqueles que aceitam a Jesus como seu Senhor e Sumo sacerdote. Enquanto Paulo enfaticamente mantém “que o homem é justificado pela fé separado das obras da lei” o que é verdade para judeus e para gentios, no mesmo contexto afirma que através dessa fé nós não anulamos a lei, “antes confirmamos a lei” (Rom. 3:28 e 31). Em outro lugar ele coloca a afirma a mesma coisa com palavras diferentes: “circuncisão é nada, e incircuncisão não é nada, guardar os mandamentos de Deus é o que conta” (1 Cor 7:19). Essa obediência resulta da fé e amor de Cristo, implantado pelo Espírito Santo, “Pois em Cristo nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor.” (Gál. 5:6). Jesus nas palavras finais a seus discípulos antes d sua crucifixão, falou várias vezes sobre essa obediência nascida do amor. “Se me amais, guardareis os meus mandamentos.” (Jo 14:15). “Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.” (Jo 15:9-10). “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando.” (Jo 15:14). Os adventistas crêem que é essa obediência de amor a que Paulo se refere quando diz que “o cumprimento da lei é o amor” (Rom. 13:10).
            Enquanto os adventistas crêem que os cristãos são chamados “à obediência da fé” (Rom. 1:5) e que nós fomos “criados em Cristo Jesus para as boas obras, que preparou para nela andássemos” (Efésios 2:10). Eles rejeitam fortemente qualquer sugestão que tal obediência e tais boas obras sejam de qualquer forma meritórias. O concílio de Trento em seu decreto sobre justificação diz que a justificação aumenta “através da observância dos mandamentos de Deus e da igreja, com a fé cooperando com as boas obras;” ensina também o mérito das boas obras como fruto da justificação.[xiii] Seu cânon sobre justificação pronunciou essa condenação a qualquer um que dissesse que “a justiça recebida não é preservada e também não é aumentada diante de Deus através das boas obras, mas que essas obras são meramente os frutos e sinais da justificação, mas sua causa ou o aperfeiçoamento da justificação, que seja anátema.” Outro anátema condenou qualquer pessoa que dissesse “que as boas obras daqueles que é justificado são de tal forma um dom de Deus que elas não constituem méritos benignos pertencentes ao justificado.” [xiv] Em outras palavras, a justificação é aumentada (aperfeiçoada) pela obediência e pelas boas obras, as boas obras não são apenas dons da graça de Deus, mas méritos daqueles que foram justificados. Essa crença foi confirmada no catecismo da igreja católica romana, publicado com a benção papal de João Paulo Segundo. [xv] O catecismo também confirmou a posição do concílio de Trento que “justificação não é apenas remissão de pecados, mas também santificação e renovação do homem interior” [xvi] Essa visão de justificação foi e ainda é enfaticamente rejeitada por qualquer protestante consistente, incluindo-se os adventistas do sétimo dia.
            Que esse tópico é relevante no século 21 tanto quanto foi no século 16 é evidente a partir do fato que Francis Beckwith, que era o presidente da sociedade teológica evangélica, no último mês de maio, rejeitou a presidência e qualquer participação como membro dessa sociedade depois que em abril voltou ao catolicismo (a igreja na qual havia crescido). De acordo com a revista Christianity Today Beckwith mudou sua visão sobre justificação por que achou que “a visão protestante, que afirma que a santificação segue a justificação, é inadequada” [xvii] Beckwith se convenceu que a visão católica de justificação “tem maior poder explanatório tanto para o texto bíblico assim como para o entendimento histórico da salvação anterior a reforma, até à igreja do primeiro século”[xviii] Isso enfatiza a importância máxima e a centralidade da doutrina da justificação pela fé para todos aqueles que aceitam o princípio Sola Scriptura. De acordo com o editorial de Christianity Today os reformadores “acertadamente ensinaram que somente os méritos de Jesus eram relevantes diante de Deus e que apenas através da fé que esse mérito pode ser nosso” [xix] Os adventistas concordam com isso de todo o coração.
            A partir da discussão precedente deveria estar claro os adventistas do sétimo dia acreditam que guardar os mandamentos, inclusive o sábado do sétimo dia da semana, é visto como parte da obediência da fé. É fruto da justificação, e nunca a raiz ou fonte da justificação. Cristo refere-se a si mesmo como Senhor do Sábado (Mc 2:28), obviamente não ara abolir o sábado, mas para que todos que são justificados pela fé sigam seu Senhor guardando o sábado como um memorial da criação assim como um sinal de sua libertação da escravidão do pecado através de Cristo (Ex 20: 8-11; 31: 12-17; Dt 5: 12-15; Ez 20: 12, 20). Não há nenhum traço de legalismo em tal observância do sábado.
            Se nossa justificação é somente através da graça mediante a fé, a obediência da fé tem alguma coisa que ver com nossa salvação? Ou para colocar a questão de forma diferente: Os nossos pensamentos, palavras e ações tomam parte em determinar nosso destino eterno? Essas são questões cruciais e que estão intimamente relacionadas à questão do juízo final. As Escrituras falam muita coisa a respeito do juízo final, e se vê isso nos ensinamentos de nosso Senhor preservados nos Evangelhos. Jesus disse: Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado.” Mateus 12:36-37 Aqui nosso Senhor fala de justificação e condenação (as declarações judiciais de inocência ou culpa) no contexto do dia do julgamento. Obviamente, há um aspecto escatológico na justificação. Os adventistas acreditam baseados nas Escrituras que o dia do juízo é um conceito bastante compreensível e muita literatura adventista a respeito desse tema já foi publicada. [xx] É suficiente dizer que eles sustentam que o julgamento deve ser distinguido em investigativo e executivo. É a crença adventista em um juízo investigativo que leva à acusação de que eles não acreditam realmente nos princípios da reforma de Sola fide, Sola gratia (só fé e só graça). Em nossa conclusão vamos dar uma olhada nessa questão.
            Em Romanos 8:1 Paulo nos diz que “não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus.” Anteriormente ele afirmou que “justificados pois pela fé, temos paz com Deus através de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rom. 5:1). Tudo isso são realidades presentes. Em outro lugar está escrito: “Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem.” (2 Tim. 2:19). Às vezes é argumentado que tais textos mostram que aqueles que estão em Cristo não necessitam ser julgados e que o conceito de juízo investigativo não é bíblico, pois tira a certeza da salvação aos crentes. Contudo esse tipo de racionalização ignora o claríssimo ensino das Escrituras de que todos serão julgados. O apóstolo Paulo é muito enfático nessa questão: “Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus... Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.” (Romanos 14:14 e 12). “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.” (2 Cor 5:10).
Outras passagens das Escrituras poderiam ser acrescentadas. Salomão escreveu no fim de sua vida: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.” (Ecl. 12:13-14). O apóstolo Pedro nos informa que o julgamento começará pela família de Deus. Todos que de alguma forma professaram fé em Deus e em Cristo serão julgados antes ”daqueles que não obedecem o evangelho de Deus” (1 Pe 4:17). Essas afirmações destroem a segurança da justificação?
A resposta óbvia a essa questão é: “Não! Se permanecermos em Cristo” Na parábola da vinha e dos ramos é sublinhado um fato de crucial importância sobre permanecer nele. “Eu sou a vinha, vós sois os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (Jô 15:5). Ele acrescenta que se alguém não permanecer nele será semelhante a um ramo seco que será lançado fora e queimado (verso 6). O julgamento final trará a luz àqueles que permaneceram em Cristo e aqueles que não. Será manifesto se nossa fé em Cristo produziu fruto na obediência da fé ou se foi uma fé estéril (Tiago 2:17, 26). Trará a luz à presença de todo universo quem manteve a fé em Cristo e quem se perdeu diante do caminho, da verdade e da vida. A segurança de Paulo de ter vida eterna é enraizada no fato de que ele “guardou a fé” (2 Tim.4:7). Sua fé em Cristo como seu Salvador e Senhor, o justo juiz de quem ele receberia a coroa da justiça. LaRondelle destaca a relação entre a presente justificação dos crentes e e sua justificação no juízo final.
“Paulo baseou nossa certeza de salvação futura na realidade de nossa presente salvação. A certeza de nossa futura justificação na realidade de nossa presente justificação. “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” (Romanos 5:9; ver também verso 17). Em outras palavras, quando Jesus nos justifica, nós temos plena certeza de que seremos justificados no julgamento final se permanecermos nele.” [xxi]
De uma forma diferente, P. T. O’Brien, que contribuiu com o livro “Justo com Deus”, também destaca a relação entre justificação pela fé e julgamento de acordo com as obras. Ele deixa claro, entretanto, que “A base da justificação não está nas obras, nem na fé, mas na “revelação da graça de Deus abraçada pela fé”. As obras são indispensáveis, pois demonstram a presença da verdadeira fé e são evidências de alguém estar unido com Cristo em sua morte e ressurreição.” [xxii]
Os adventistas concordam e acreditam que o julgamento, tanto investigativo quanto executivo, é uma boa nova para todos que, como Paulo, pela graça de Deus mantém a fé, fé em Jesus.
 
Notas

[i] Lutherans & Adventists in Conversation: Report and Papers Presented 1994-1998 (Silver Springs, Maryland: General Conference of Seventh-day Adventists; Geneva, Switzerland: The Lutheran World Federation, 2000), 8.
[ii] Thomas C. Oden, The Justification Reader (Grand Rapids, Michigan; Cambridge, United Kingdom: William B. Eerdmans Publishing Co., 2002), 162.
[iii] Edmund P. Clowney, “The Biblical Doctrine of Justification by Faith,” in Right With God: Justification in the Bible and the World, ed. D.A. Carson, Published on behalf of the World Evangelical Fellowship (Paternoster Press; Baker Book House, 1992), 24; cf. page 23, “Indeed, it is the great question for the whole Old Testament.”
[iv] Ellen G. White, Gospel Workers (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Assn., 1915), 156; Idem, Manuscript Releases, Volume 9 (Silver Springs, Maryland: E.G. White Estate, 1990), 294.
[v] George R. Knight, Walking With Paul Through the Book of Romans (Hagerstown, Maryland: Review and Herald Publishing Assn., 2002).
[vi] Luther on Justification (St. Louis, Missouri: Concordia Publishing House, 1975), 30.
[vii] Ellen G. White, “Justified by Faith,” in Manuscript Releases, Volume 8 (Silver Springs, Maryland: E.G. White Estate, 1990), 356.
[viii] Ibid., 357.
[ix] Anthony A. Hoekema, The Four Major Cults (Exeter, United Kingdom: Paternoster Press, 1969), 126.
[x] Ibid., 126-128.
[xi] Walter Martin, The Kingdom of the Cults (Minneapolis, Minnesota: Bethany House Publishers, 1985), 435.
[xii] Arthur C. Cochrane, ed., Reformed Confessions of the 16th Century (Philadelphia: Westminster Press, 1966), 247.
[xiii] H. J. Schroeder, trans., Canons and Decrees of the Council of Trent (Rockford, Illinois: Tan Books and Publishers, 1978), 36 and 40-42.
[xiv] Ibid., 45 (Canon 24) and 46 (Canon 32).
[xv] Catechism of the Catholic Church (Mahwah, New Jersey: Paulist Press, 1994), 487, paragraph 2010.
[xvi] Catechism of the Catholic Church, 482, paragraph 1989.
[xvii] Editorial, “Virtue That Counts: Why Justification by Faith Alone Is Still Our Defining Doctrine,” Christianity Today, July 2007, 20.
[xviii] Collin Hansen, “Leaving for Rome,” Christianity Today, July 2007, 14.
[xix] Editorial, “Virtue That Counts,” Christianity Today, July 2007, 20.
[xx] See for instance Roy Gane, Who’s Afraid of the Judgment? (Nampa, Idaho: Pacific Press Publishing Association, 2006); Gerhard F. Hasel, “Divine Judgment” in Handbook of Seventh-day Adventist Theology, Commentary Reference Series, Vol. 12, ed. Raoul Dederen (Hagerstown, Maryland: Review and Herald Publishing Association, 2000), 815-856; Frank B. Holbrook, The Atoning Priesthood of Jesus Christ (Berrien Springs, Michigan: Adventist Theological Society Publications, 1996).
[xxi] Hans K. LaRondelle, Assurance of Salvation (Nampa, Idaho: Pacific Press Publishing Association, 1999), 99. Herman Ridderbos succinctly discusses the subject, “Judgment According to Works,” in his excellent book Paul: An Outline of His Theology, trans. John Richard De Witt (Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans Publishing Company, 1975), 178-181.
[xxii] P. T. O’Brien, “Justification in Paul and Some Crucial Issues of the Last Two Decades,” in Right With God: Justification in the Bible and the World, ed. D. A. Carson, Published on behalf of the World Evangelical Fellowship (Paternoster Press; Baker Book House, 1992), 94. The quotation within the quotation is taken from Paul: An Outline of His Theology, 180.

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