O livro, ensinando para transformar vidas, de Howard Hendricks é um clássico coeso e ao mesmo tempo profundo sobre os objetivos da educação Cristã e o meio de se alcançar esses objetivos. Neste Post estou colocando a resenha crítica que fiz de cada um de seus capítulos. Como o texto é extenso não vou deixar todo ele à mostra, mas os que se interessarem é só clicar em Saibam mais e ler todo o conteúdo, vale a pena. O livro é inspirador e vale a pena ler e refletir sobre as verdades nele expressas
Capítulo 1: A Lei do Professor
O professor Howard Hendricks explora as verdadeiras raízes que fazem de um professor, um bom professor. Ele acentua a necessidade de crescimento pessoal constante, de interesse profundo pela vida e pala Palavra de Deus, de um conhecimento de causa poderoso e profundo nas questões que se deseja ensinar aos outros e na ligação entre o crescimento físico, mental, social com o crescimento espiritual que é tão almejado pelas pessoas que desejam fazer o melhor para Deus no ministério profissional ou mesmo leigo para o qual Deus os tem chamado. O professor Hendricks diz que todo professor deve se manter consciente de que é, antes de ser um professor propriamente dito, um aluno na escola da verdade e da vida e nos exorta a sermos pessoas que estão sempre dispostas, através de uma atitude humilde, a aprender e então nos tornaremos “professores” eficientes e que farão diferença relevante na vida de seus “alunos”. Para que esse relacionamento de educação (direta ou indireta) redunde em transformação e faça a diferença na vida de outras pessoas é imprescindível que a própria vida do professor tenha sido transformada pelo contato com o Senhor Jesus Cristo, que é o legítimo professor dos seres humanos em todas as áreas múltiplas que abrangem a existência humana. Essas verdades expressas de forma lúcida, leve e bem humorada devem nos levar à introspecção e avaliação profunda e sincera. Todos somos professores em algum sentido e através de nossas “aulas” estamos ensinando as pessoas quais são nossos verdadeiros interesses e prioridades e por nosso exemplo estamos fazendo discípulos que, a partir de nosso exemplo, podem seguir o bem ou o mal, a verdade ou a mentira, o pecado ou a Lei de Deus, Satanás ou Jesus Cristo. Não podemos negar a responsabilidade de homens chamados por Deus (ou pelos menos que se consideram chamados) diante dessas questões. Nossas palavras e atitudes, nossos exemplos diante das pessoas no que tange a vida pessoal, familiar, estudantil, profissional, social e espiritual são nossos ensinamentos e aulas ministradas e todos que nos rodeiam são de alguma forma nossos alunos. Quando paramos de crescer e de nos importar com o que as pessoas estão efetivamente aprendendo conosco ou quando nos damos ao luxo de ensinar com a vida algo totalmente incoerente com o que ensinamos com os lábios (o evangelho de Deus) nos tornamos professores indignos de tal deferência. Portanto sermos pessoas dignas de levar a verdade de Deus ao mundo deve ser um objetivo constante de nossas almas diante de Deus e nesse intuito que nos tornemos os melhores professores que a graça de Deus pode nos tornar. Que o exemplo de Cristo nos constranja constantemente neste propósito e que ao contemplarmos a ele sejamos transformados de glória em glória até que sejamos perfeitamente e imagem e semelhança do Senhor.
Capítulo 2: A Lei do Ensino
Neste capítulo o autor trata de como o ensino deve ser uma processo que pode ser desencadeado pelo professor, mas que não será efetivo ou satisfatório em seu grau mais elevado, sem transformar o aluno numa pessoa interessada em desenvolver seu próprio conhecimento e que s empenhe nessa tarefa da forma mais autônoma quanto possível. O professor deve, nesse contexto, estimular de forma sábia aos alunos e imprimir neles o amor pelo aprender e o que o aluno fará depois da aula é mais importante do que o professor faz na aula. Devemos como professores, ser estimuladores e motivadores do processo e servir como fonte de autoridade, conhecimento e fornecimento de diretrizes para o estudo na área em que a aluno está afora estudando. Ensinar é mais que uma técnica ou ciência, apesar de carregar elementos técnicos e científicos, mas é uma arte e como tal deve ser encarada. Howard trata também da presença da tensão e da frustração como partes inerentes do processo saudável do aprendizado. Essas características, tidas como negativas por grande número de pessoas podem ser gatilhos que levem um aluno a aprender de forma intensa, extensa e efetiva coisas que jamais aprenderia de outra forma. Nesse processo de ensino, um dos desafios mais centrais (senão o mais central definitivamente) é a tarefa de ensinar as pessoas a pensar. Para isso o professor deve ser ele mesmo um bom pensador e trabalharmos com inteligência para estimular que seus alunos assim também o sejam. Nesse objetivo devemos enfatizar a necessidade de transformar nossos alunos em bons leitores, bons escritores, bons pregadores e bons ouvintes. Cada uma dessas características tem sua importância e dificuldades inerentes, mas todas são essenciais para o processo de aprendizado. Essas questões são de importância singular no mundo e que vivemos. Muitas pessoas perecem pela falta de entusiasmo diante do aprendizado e por conseqüência da prática da Palavra de Deus. Assim também ocorre pela deficiência na área da leitura. Devemos tentar ajudar a igreja a compreender a necessidade de se ler mais e melhor e despertar as potencialidades intelectuais e espirituais através dessa ferramenta de aprendizado e edificação mental. Uma vida vivida para Glória de Deus será sempre uma vida de interesse profundo, sincero e sadio pelo conhecimento de Deus, da natureza e de tudo que engloba a revelação. Devemos em nosso ministério atrair as pessoas para que compreendam e desenvolvam esses conceitos e realidades espirituais em suas próprias vidas e assim fazendo, elas serão beneficiadas e nós demonstraremos a razão pela qual Deus nos chamou para ensinar aos homens tudo que Jesus ordenou. Transformar as vidas daqueles que Deus colocar em nosso caminho é uma tarefa elevada, gloriosa e pesada, e que exige que os homens de Deus sejam pessoas fortes, perseverantes e inabaláveis na fé e totalmente dispostas a ensinar as verdades de Deus movidos por amor genuíno e verdadeiro por Cristo e pelos seres humanos que ele morreu pra salvar. Ensinar é tarefa que exige preparo e dedicação e esforço, assim como constante avaliação, revisão e crescimento. Deve-se acabar com a mentalidade de que o ensino cristão é coisa secundária no ministério, antes ele deve ser exaltado como instrumento especial de Deus na salvação efetiva de milhões de pessoas que um dia estarão no céu conosco pela graça de Deus.
Capítulo 3: A Lei da Atividade
Hendricks nesse capítulo chama a atenção para a necessidade de se tornar a aprendizagem efetiva e transformadora e impactante. Isso, segundo ele, só pode acontecer em resultado de se envolver o aluno nesse processo e fazer com que ele aprenda coisas que façam sentido para ele e lhe sejam relevantes e que ele pratique as coisas que aprende de forma a se tornar uma pessoa diferente do que era antes de possuir o conhecimento teórico e prático. Quanto maior for o envolvimento do aluno nesse processo maior será o volume de coisas aprendidas e o processo todo deve ser guiado com vistas à objetivos específicos e bem delimitados e consistentes, que sejam adequadamente programados e executados e que sejam efetivos no transformar a vida dos alunos. Devemos nos afastar de conceitos pobres e errôneos sobre o aprendizado e entender que só o exercício adequadamente orientado (e depois praticado) leva ao aperfeiçoamento que desejamos e devemos entender também que somente uma experiência adequadamente avaliada pode servir de direção e guia (mestre) para nos levar aos nossos objetivos. É fazendo as coisas certas que aprendemos a fazer as coisas certas e isso é uma verdade que deve moldar nossos métodos educacionais. Howard enfatiza a necessidade da prática para uma aprendizagem eficaz e estabelece várias diretrizes que podem tornar as atividades com objetos didáticos mais atraentes ou eficientes ao ajudar os alunos a fixar e adquirir os conteúdos relevantes à sua área de especialização (estudo). Essas atividades devem ser sempre realizadas com o foco em envolver o aluno no processo de sua aprendizagem para tirar o máximo dessa experiência. Certamente o professor Howard Hendricks traz à tona de forma clara, simples e objetiva conceitos muito interessantes e profundos do ponto de vista bíblico e científico a respeito do processo da educação “normal” e do discipulado cristão (educação especificamente cristã e bíblica). Ele toca nas feridas da educação chamada cristã ao nos lembrar (e quão grande absurdo é a igreja esquecer) que o cristianismo verdadeiro é a força mais revolucionária e poderosa na transformação (salvação) de vidas que existe no planeta terra. Essa informação é comprovada na história pessoal de todos que conheceram a Cristo por meio de um processo de conhecimento, aceitação, discipulado e apostolado (no caso daqueles que Deus realmente enviou a pregar a sua Palavra com autoridade e poder) e deve ser vivida repetidamente por todo o mundo onde o evangelho será pregado conforme a ordem de Jesus cristo a seus seguidores. Todos sabemos da necessidade de praticar o que cremos, mas por nossa natureza pecaminosa e seduções de Satanás nos pontos onde somos fraco acabamos falhando nessa tarefa e por isso devemos constantemente lembrar de que só seremos aprendizes de verdade quando praticarmos as coisas que Cristo nos tem ensinado através da Palavra de Deus, do Espírito Santo e da própria vida. Essa obra, a de praticar o amor e a Lei de Deus, é urgente e o mundo carece de pessoas que estejam dispostas e preparadas para tal. Não existe, porém, como alguns talvez gostariam que existisse, um atalho para se chegar nessa condição espiritual, mas ela deve ser atingida através da prática constante dos princípios encontrados no evangelho e reveladas na vida de Cristo Jesus.
Capítulo 4: A Lei da Comunicação
A comunicação é, neste capítulo, analisada de um ponto de vista abrangente ainda que simples. Hendricks declara que a comunicação não é um processo tão fácil de ser entendido e aplicado satisfatoriamente por nós, mesmo com todas as nossas boas intenções e diante disso devemos orar mais, estudar mais e se esforçar mais para que nossa comunicação seja poderosa e digna da mensagem que está por detrás dela. Para que a comunicação seja eficiente, temos que estabelecer pontos em comum com aqueles que ouvem ou recebem nossa mensagem de alguma forma. Quanto mais próximos estivermos ou conseguirmos chegar da realidade de alguém mais potencialmente positiva será nossa comunicação, e isso deve envolver a derrubada de barreiras raciais, religiosas, sociais, sexuais, morais e etc. A comunicação envolve realidades profundas da natureza humana como: Intelecto (pensamento); Emoção (sentimento); e Vontade (ação). Quanto melhor eu conhecer algo e quanto mais intensamente eu sentir e praticar esse algo, mais poderosa será minha comunicação desse algo. Não se deve transmitir uma verdade apenas intelectualmente, nem se deve superestimar o poder das palavras (mesmo as palavras positivas e verdadeiras a princípio). Devemos ser o que pregamos e devemos pregar o que somos e assim a comunicação será realizada num âmbito muito mais profundo que o âmbito das palavras e isso é essencial uma vez que as pessoas só captam 7% da comunicação que as transmitimos através de palavras, os outros 93% são resultado de outras formas de expressão de nossas mensagens. Ele diz também que a comunicação tem um componente emocional inerente que deve ser conhecido e explorado, com o cuidado de se evitar o emocionalismo. Devemos vibrar com nossa mensagem e fazer outros vibrarem com ela também uma vez que comunicamos o que somos e não o que dizemos ser. A importância de se preparar adequadamente e de apresentar uma mensagem são enfatizadas e na obra da comunicação da verdade devemos estimular as respostas das pessoas que nos ouvem é imprescindível para tornar nossa mensagem veículo de transformação efetiva e de salvação eterna na vida de todos que entrarem em contato com ela. A comunicação da verdade é uma arte, uma ciência e uma necessidade de todos que amam a Cristo e pensar nessas coisas e colocar em prática as coisas que são coerentes com a Palavra de Deus nesse sentido certamente há de trazer mais vigor espiritual e sentido para nossa própria existência como indivíduos e como igreja. É impressionante no estudo desse tema saber que comunicamos o que somos e não o que falamos. Isso deve ser em nossa mente um alerta constante em nosso coração para que estejamos sempre conscientes da necessidade de purificação de nosso coração para podermos comunicar a verdade de Deus a um mundo que quer poder e não apenas palavras e teorias. Comunicar é um privilégio, uma arte, uma responsabilidade e uma necessidade dos pregadores da Palavra do Deus Eterno. Sempre devemos pensar e repensar nos processos e meio de comunicação e empenhados nesta tarefa estaremos prestando real e importante ajuda na obra de Salvação das pessoas a quem Deus ama de tal maneira, que por elas deu seu filho para que todo que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Capítulo 5: A Lei do coração
Hendricks aborda conceitos interessantes nesse capítulo que giram em torno do fato que para que um processo de ensino-aprendizagem seja eficaz, eficiente e efetivo, a comunicação deve existir de coração para coração (dentro do conceito bíblico de coração, que segundo o autor envolve o intelecto, a emoção e a vontade) e não apenas de uma mente para outra mente. O professor Howard revela que aquele que ensina deve ter boa credibilidade diante de seus alunos e deve conquistá-la honestamente mesmo que isso envolva “muito suor”. Depois ele enfatiza e necessidade de o professor saber despertar os sentimentos de seus alunos para criar atitudes saudáveis no processo da educação como um todo e demonstra também que o conteúdo do ensino é de vital importância no processo e jamais deve ser relegado a um segundo plano, de maneira nenhuma. Ele sublinha esse último ponto ao lembrar a importância que Deus dá ao conteúdo da revelação. Como resultado dessas três características citadas, o aluno é conquistado pelo caráter do professor e lhe confere credibilidade, é animado emocionalmente a se envolver com o processo de aprendizagem pela ligação emocional que desenvolve como o professor que lhe conquista a confiança e por fim o conteúdo gera a percepção do aluno e agora o aluno estará apto a um dia reiniciar o processo de ensino-aprendizado do outro lado da questão, ao ensinar ele mesmo o que lhe foi transmitido por um professor. Para que isso se torne uma realidade vibrante e saudável é importante que professor e aluno tenham um bom relacionamento e as iniciativas mais ousadas para que isso ocorra devem partir do professor movido pelo amor cristão e genuíno interesse. É dever de todos os professores desenvolver meios através doa quais esse processo seja efetivo em sua realidade de trabalho com os alunos que estão diante dele para aprender a verdade da Palavra de Deus. Essas realidade serão cada vez mais raras numa igreja que prega mas não vive a verdade e cabe a todos que têm sido chamados por Deus lutar contra isso. Não basta conhecimento intelectual da verdade é necessário conhecimento relacional e experimental com o Senhor para que se tenha um vislumbre mais claro de quem Deus realmente é e da extensão infinita de seu Poder que age em nós e por nós na vida de outras pessoas. Conquistar as pessoas tem sido cada vez mais difícil numa sociedade egoísta e com valores e visões de mundo deturpados e corrompidos por mentiras e pecados, mas a todos que se empenharem nesse sentido por amor a salvação das pessoas é garantido auxílio divino. As pessoas estão destruídas ou pelo menos doentes emocionalmente, psicologicamente, mentalmente e emocionalmente, além de espiritualmente e diante desse terrível quadro Deus chama homens e mulheres que sejam capazes de ler os problemas, entendê-los e assim que sirvam de instrumentos de Deus para consolar e abençoar as pessoas tão carentes e necessitadas da verdade como as que temos em nossos dias em nossa sociedade e mesmo em nossa igreja. Pessoas que tenham um coração cheio de Cristo são os únicos que podem levar Cristo ao coração de outras pessoas e essa verdade é muito mais simplesmente conhecida teoricamente do que na prática. Os poucos, entretanto, que estão sendo chamados por Deus para serem diferentes, serão aqueles que falarão com poder ao coração das pessoas, e isso de coração a coração.
Capítulo 6: A Lei da Motivação
Howard Hendricks nesse capítulo enfatiza a questão da motivação como parte imprescindível do processo de ensino-aprendizagem e revela que geralmente a motivação surge da curiosidade, do senso de propriedade, de utilidade, de atender as necessidades, desafios, reconhecimento social e aceitação por parte de outros. O professor Hendricks diz que o aprendizado só será efetivo se o aluno se o aluno se achar corretamente motivado para o processo de aprender. A motivação ocorre em dois níveis: um exterior, ou extrínseco e um interior ou intrínseco. O objetivo do processo de aprendizado e do trabalho do professor é segundo Hendricks, ativar a motivação interior do aluno através da motivação exterior. Os alunos devem fazer as coisas que devem fazer não por obrigação, mas por vontade própria e sincera. Para se estruturar corretamente o processo todo é necessário que o professor exponha a matéria ou assunto que quer que os alunos conheçam, entendam e pratiquem. Depois o professor deve demonstrar aos alunos essa verdade ou esse assunto, no terceiro e quarto estágios os alunos devem por em prática o assunto, primeiro em um ambiente controlado e depois na realidade, tanto quanto for possível. O processo deve envolver o aluno de modo que ele possa dar opiniões e idéias a serem discutidas ou mesmo implementadas na execução ou elaboração das tarefas e projetos de aprendizado. A motivação, entretanto, deve ser sempre correta e bíblica, pois de outra forma pode se tornar uma maldição em vez de benção. Ensinar também é uma tarefa que dá melhores resultados quando os alunos recebe algum tipo de responsabilidade real no processo. Devemos envolver as pessoas tanto quanto possível em obras e ministérios que coloquem ou pretendam colocar em prática as coisas referentes às aulas que ministramos a elas para que elas cresçam e aprendam de forma eficiente. Devemos sempre estimular a criatividade por sua potencialidade de motivar as pessoas a estudar e conhecer e praticar alguma verdade bíblica e nunca devemos estagnar as pessoas em um mundo de regras que não tem sentido, apoio nem base na Bíblia. Quando estamos motivamos nos tornamos agentes de motivação e mesmo de Salvação na vida de outros. Estar motivados é quase uma lei divina para quem quer que as pessoas aprendam as verdades de Deus. Se as coisas espirituais não nos fizerem vibrar e se alegrar e crescer e mudar a nós que estamos em contato com elas constantemente, que ela fará àqueles que mal a conhecem ou entendem? De posse da verdade, devemos estar entusiasmados e felizes e transbordantes de graça e poder de Deus e então as pessoas desejarão conhecer o Deus que conhecemos e assim será muito mais fácil motivarmos elas a se envolverem de forma profunda e responsável com a verdade de Deus e com a igreja. A motivação só surge quando as pessoas compreendem o verdadeiro significado do evangelho em sua beleza e pureza reais e para que essa verdade seja conhecida dessa forma devemos fazer tudo que nos for possível pela graça de Deus e diante do fato que a Palavra do Senhor diz que tudo nos será possível, sabemos que podemos chegar muito mais longe do que temos chegado até hoje como indivíduos ou como igreja da Jesus Cristo nesta terra. A motivação d trabalhar para Deus deve surgir de uma intuição profunda de seu amor, de sua presença e do retorno de Jesus nas nuvens em nossa geração.
Capítulo 7: A Lei da Preparação prévia
A preparação prévia por parte de professores e alunos é destacada por Hendricks como uma das leis que promoverão se obedecidas, educação satisfatória e efetiva. Nesse caso é importante que o professor sempre esteja em dia com a preparação cuidadosa, criativa, relevante e instigante de suas aulas e para que o aluno se prepare previamente para as aulas é importante que seu interesse seja despertado de forma sadia, envolvente e profunda a tal ponto de este se preparar já co antecedência para as aulas que serão ministradas. Essa lei e a base do que conhecemos como Lição de casa e apesar de não ser fácil estimular as pessoas que estudem dessa maneira, especialmente coisas que elas não são obrigadas a estudar, é sempre um desafio em nossa área de atuação na obra do Senhor. Devemos nos esforçar para estimular o estudo prévio dos conteúdos, tanto quanto possível e isso pode resultar em uma transformação maravilhosa na vida de um aluno que se dispor a fazer dessa forma. A tarefa coloca o pensamento em dia e em movimento evitando que o aluno chegue ao local da aula sem a mínima noção ou expectativa em relação ao que vai acontecer. O aluno passa também a ter um ponto de partida para o estudo pessoal da Bíblia o que é importantíssimo. As tarefas devem ser criativas, coerentes, instigantes, bem elaboradas, claras, plausíveis e adequadas às pessoas que as vão realizar. Num processo de ensino-aprendizagem o importante é que não sejamos também previsíveis. Quanto menos previsíveis formos mais teremos chance de impactar as pessoas com algo que faça verdadeiramente a diferença na vida pessoal delas. Devemos conquistar a confiança das pessoas e assim teremos influência positiva e poderosa para fazermos elas confiarem em si mesmas e nas verdades bíblicas que podem conhecer por si mesmas na Palavra de Deus. Devemos valorizar as pessoas que interagem no processo e estimular as pessoas a fazerem anotações e pensar e aplicar o conteúdo estudado na vida pessoal deles. A preparação para qualquer tarefa é importantíssima. Nada deve ser mal feito e isso deve ser uma verdade especialmente conhecida e praticada por aqueles que estão em contato com as coisas de Deus. Infelizmente essa não é a realidade de muitas de nossas próprias obras para Deus e nesse ponto deve haver urgente e profunda reforma. Devemos ser mais conscienciosos do que estamos fazendo para Deus e devemos ter objetivos reais, porém altos e que nos estimulem a trabalhar duro para alcançá-los. Preparação exige disciplina, perseverança e garra e essas qualidades devem se fixar no caráter e na experiência de todos que testemunharão as cenas finais da história desse mundo. Nesse sentido não podemos avaliar o quanto podemos ser nós mesmos abençoados ao começar a desenvolver essas qualidades em nossas vidas ao prepararmos nossos sermões, palestras, seminários e estudos bíblicos sempre com amor profundo e senso da santidade dessa obra à qual Deus nos chama. É um privilégio estudar e praticar essas coisas e sempre haverá espaço para crescimento nesse conhecimento e na prática das verdades expostas aqui. Deus preparou todas as coisas para nossa salvação desde a fundação do mundo não devemos ser descuidados se queremos honrar e glorificar o nome daquele que criou todas as coisas segundo os conselhos de sua própria vontade e sabedoria infinita.
Capítulo 8: O investimento
Quem pára de crescer hoje, pára de ensinar amanhã; A maneira como os alunos aprendem deve determinar a maneira como ensinamos; quanto maior o nível de envolvimento maio será o nível de aprendizado e maior o volume de conteúdo aprendido; Para que haja comunicação é necessário que se estabeleçam pontes de ligação entre o comunicador e o receptor; O ensino que realmente causa impacto não é aquele que passa de uma mente a outra mente, mas sim aquele que passa de um coração a outro coração; O ensino será mais eficiente se o aluno se encontrar adequadamente motivado; O processo ensino-aprendizagem é mais eficiente se tanto o professor quanto o aluno estiverem previamente bem preparados; Esses são princípios básicos que se acham ligados ao processo de ensino e se os compreendermos e aplicarmos de forma correta e coerente podemos esperar fazer a diferença na vida de nossas alunos. Entretanto nosso sucesso não depende do conhecimento ou mesmo da aplicação desses conceitos e sim de nossa comunhão com Deus e como resultado de quem nós somos no íntimo e do grau de nossa permissão de sermos usados por Deus como instrumentos em suas mãos. Devemos pagar o preço do crescimento espiritual e da chance de sermos professores marcantes da verdade bíblica e que farão a diferença na vida de seus alunos e assim farão a diferença no mundo. A alegria de ser uma peça nessa grande obra de salvação e de edificação da igreja através do conhecimento da Palavra de Deus e do Senhor Jesus Cristo é inefável e não devemos trocar isso por metas medíocres e métodos ultrapassados e mortos. A leitura desse livro contribuiu grandemente para alargar as minhas percepções da obra da educação cristã e para me fazer pensar mais seriamente em que tipo de pessoa eu realmente sou e que tipo de professor eu serei quando for um líder da igreja e responsável por muitas áreas de uma igreja ou capelania. Desejo crescer no entendimento e prática das verdades expostas nesse livro e ter mais chances de fazer a diferença na vida de pessoas através do discipulado cristão. A linguagem simples e os conceitos profundos se unem nesta obra e me fazem pensar no sentido real do que seja a educação cristã e se estou disposto a pagar o preço para que a minha igreja tenha uma educação nesses moldes quando eu for “professor” nela. Certamente a emoção me faz querer responder afirmativamente a esse questionamento e espero que essa resposta emocional possa ser traduzida em atitudes coerentes e que através de um processo de acrescimento pessoal com Cristo eu possa um dia ser capaz de levar outros nesse mesmo caminho ascendente em direção a uma vida verdadeiramente coerente com a Lei e Palavra de Deus do fundo do coração até as mais simples atitudes, passando pelo intelecto e pelo coração, e isso de toda a minha força, entendimento e alma.