"...o que peca contra mim violenta a própria alma. Todos os que me aborrecem amam a morte."
Provérbios 8:36
Acordei no dia 14/11/2015 sem a menor noção do que tinha ocorrido na França na noite anterior. Mais de 180 mortos e dezenas de feridos, alguns em estado grave, como resultado de uma série de ações terroristas coordenadas e reivindicadas pelo "Estado Islâmico" como represália pelos ataques franceses à Síria (tragédia anunciada?).
Nesse momento chovem pedidos de oração (Pray for France) e textos sensacionalistas ou proféticos que anunciam o tão aguardado fim do mundo ou pretendem revelar os segredos e bastidores da tragédia (será que alguém clicou nesse link justamente buscando "mais do mesmo"? talvez..., tomara que não, mas não posso garantir).
A busca por culpados além dos executores diretos do morticínio incluem uma lista ampla de governos, empresas, sistemas políticos e, claro, religiões (especialmente a islâmica nesse caso, apesar de muçulmanos virem a público garantir que tais ações são odiosas e totalmente reprováveis na mentalidade geral dos fiéis a Alá). Ironicamente, comentando a busca desenfreada por culpados que, possivelmente tem por objetivo unicamente o desejo de legitimar os discursos e pensamentos mais amplos dos próprios críticos de ocasião, Isaac Malheiros, pastor adventista declara:
Obviamente, nos comentários foram rapidamente achados outros legítimos culpados, e dentre eles não poderia faltar a ilustre presidentA "Dilma roussef"! Ela é "a culpada"!
A tendência de buscar culpados é antiga e remonta ao início da história da dor (Gn 3).
Nos bastidores desses ataques certamente há muita dor, ódio, ignorância em amplos sentidos, compreensão perversa da realidade e "amor à morte". Há milhões de outras coisas nesses bastidores também, só Deus conhece todas elas e não sei se tenho certeza de que eu gostaria de conhecê-las...
Termino esse post com o texto de um cristão admirável por sua simplicidade e perspicácia, o maestro Mario Jorge Lima
Graça e Paz!
Segue
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PARIS
14/11/2015
Lendo e ouvindo sobre os atentados de Paris, não há como não virem à minha mente os textos de Lucas 21:25-30, em que o Salvador fala de "homens desmaiando de terror pelas coisas que sobrevêm ao mundo...".
Longe de mim esteja querer minimizar os acontecimentos na França, mas, eles vêm se somar a milhares de outras situações de miséria e morticínios diários que ocorrem à nossa volta todos os dias, e em todas as cidades do mundo. O problema é que estamos tão acostumados com as tragédias e a dor que muitas vezes elas não passam de mais um item nas notícias do dia, a não ser quando atingem pessoas e lugares célebres.
Temos, no Brasil, atualmente, entre tantos outros fatos hediondos, uma enorme tragédia envolvendo nossos conterrâneos mineiros, uma verdadeira calamidade pública, que terá consequências terríveis pelos anos à frente. E não vou me estender aqui listando e lembrando dezenas e dezenas de outros fatos, que mostram que a raça humana perdeu seu rumo, sendo que os governantes já esgotaram seu estoque de soluções.
Nesses momentos, nós cristãos, costumamos correr para as profecias, num assustamento coletivo e às vezes até irracional. E, então, as interpretações se multiplicam com enorme variedade, para todos os gostos e expectativas. As profecias, já disse isso muitas vezes, não servem para nos apavorar, mas, devem mostrar, acima de tudo, que há um Deus por trás delas, que controla a história e a levará a um final feliz. E devem dar esperança e certeza de um mundo novo. Eu disse NOVO! E novo é algo que nunca existiu.
Vamos nos solidarizar com todas as vítimas dessas tragédias. Sempre. Vamos, não apenas orar por elas e suas famílias, mas, também empreender alguma ação efetiva de ajuda onde a chance se apresentar e onde for requerido. E vamos, como diz também o texto citado acima, "levantar as nossas cabeças, sabendo que a nossa redenção se aproxima." E isso implica em preparo espiritual, aqui e agora, implica em buscar intimidade com Deus, relacionamento e submissão à Sua vontade, mantendo a fé, ainda que a volta de Jesus possa demorar muitos e muitos anos.
Desejo a todos um Feliz Sábado, tanto quanto seja possível à vista de tantas tragédias urbanas e mundiais. Que Deus nos abençoe e nos faça proativos e úteis em toda e qualquer circunstância em que for necessário dar suporte à vida humana, respeito, compaixão e amor.
Mário Jorge Lima.
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