quinta-feira, 12 de março de 2009

Eis-me aqui, envia-me a mim


"Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim" Isaías 6:8

Isaías fora chamado ao ministério profético ainda bastante jovem e num contexto social bastante complicado. O profeta exerceria seu ministério no Reino do Sul (Judá) e sua mensagem seria uma forte repreensão aos pecados que já haviam sido denunciados por Amós e Oséias no Reino do Norte (Israel). O Reino de Israel já sofria as maldições que os profetas do Senhor haviam profetizado contra ele e Isaías se sentia oprimido pela iniqüidade do professo povo de Deus e pela intuição do fato de que ele próprio era pecador no meio de pecadores. Nesse contexto Isaías questionou sua capacidade para cumprir o ministério profético para o qual Deus o chamara.
O Senhor, diante disso, conhecendo os temores de seu servo e suas inquietudes espirituais, concede ao profeta Isaías uma visão de seu trono, de sua glória e nessa ocasião Isaías é tocado pelo fogo do altar pelas mãos de um serafim e tem a certeza do perdão de seus pecados. Essa certeza faz de Isaías um profeta cheio do Espírito Santo e da unção do céu. Seu ministério se desenvolveria num momento histórico difícil. Ele testemunharia a invasão de Judá pelos exércitos da assíria e de Israel combinados; A queda de Samaria; A dispersão das 10 tribos; e muitos outros eventos importantes. As mensagens de Isaías envolviam repreensões severas ao povo, aos governantes políticos e aos sacerdotes, mas seu ministério foi igualmente cheio de mensagens e imagens de esperança e Salvação e glória eterna aos arrependidos dentre o povo.

Nos dias em que Isaías exercia seu ministério profético, o povo de Israel era tentado por Satanás a ver a Deus como duro, impiedoso e por demais exigente. Israel sabia que Deus se manifestara maravilhosamente misericordioso e amoroso para com eles e seus pais, mas o caráter de Deus estava sendo deturpado por falsas e malignas concepções diante do povo. Toda a história de Israel estava impregnada com as manifestações de Deus e a Moisés foi feita a promessa em forma de profecia de que Deus manifestaria sua salvação amorosamente a todas as nações da terra (Nm 14:20-21) e isso seria tão certo quanto sua existência e sua realeza sobre todo o universo.
Isaías ouvira uma antífona dessa experiência dos lábios dos serafins (Is 6:3) e isso lhe tornou mais fervoroso ao dar suas mensagens ao povo errante de Deus. Isaías conquanto carregasse a mensagem de que Deus é “Alto e Sublime”. tem o “nome Santo” e “habita a eternidade”, anunciava que o Senhor habitava também com contrito e abatido ser humano pecador que aceitava seu amor e sua verdade e graça (Is 57:15) transformando-lhe num ser perdoado e restaurado a comunhão do céu (Is 6:7).

Deus é o único ser no universo capaz de sarar as chagas da humanidade pecadora (Is 1:6). E Isaías exaltou ao Senhor como tal, o médico da alma (Is 57:18-19). A promessa de que Deus aceitaria os arrependidos era proclamada claramente e ninguém poderia dizer que a linguagem dessa mensagem era obscura. Todos os habitantes de Judá eram indignos em si mesmos diante de Deus, mas o Senhor ainda os podia salvar e usá-los em sua obra de salvação de outros povos, pois Deus é grandioso em perdoar (Is 55:7). Deus promete cumprir sua Palavra e nos dar as bênçãos de sua aliança com Davi (Is 55:3). A mensagem tão clara e pregada com vigor produziu frutos. Ainda que muitos a tenham negligenciado e rejeitado, um povo deu atenção à voz do Senhor através de seu servo e foi abençoado com graça, paz e salvação.

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