"Eu anunciei salvação, realizei-a e a fiz ouvir" Isaías 43:12
Deus, através de Isaías, tinha deixado claro que muitos indivíduos de nações estrangeiras seriam contados entre os filhos de Abraão e participantes do Israel espiritual que deveria viver eternamente numa terra absolutamente nova e redimida da presença do pecado. Essa compreensão teológica era completamente dissonante e estranha ao pensamento judaico de seu tempo, que considerava os gentios excluídos de qualquer possibilidade de salvação ou de um correto relacionamento com Deus. Paulo, no Novo Testamento, cita a ousadia de Isaías em relação a essa questão (Rm 10:20).
O povo não entendia, mas sua própria eleição entre todas as famílias da terra tinha o objetivo de que eles fossem santos e missionários de Deus entre os gentios, que ao verem a santidade da Lei de Deus exemplificada em seu povo, haveria de se converter ao Senhor. O próprio concerto entre Deus a Abraão sugeria essa realidade, uma vez que em Abraão todas as famílias da terra seriam benditas (Gn 12:2-3/18:18).
Todos os homens pertencem a Deus pela criação e pela redenção. Cristo veio desfazer a inimizade entre Deus e o homem e entre todos os homens que verdadeiramente reconhecessem sua autoridade soberana e absoluta. Essas realidades não deveriam ser estranhas aos israelitas mas a realidade é que poucos as entendiam. Mesmo diante dos testemunhos do texto sagrado que já apontavam para a farta colheita de almas dentre aqueles que não eram contados como Povo de Deus (Salmo 22:27).
Se o povo fosse mais atento a fiel às verdades de Deus eles não seriam tão fechados às necessidades e capacidades espirituais de seus vizinhos. Essa triste condição aprofundava o abismo entre Deus e os homens e nessas condições a ignorância e o pecado floresciam livremente. Isaías sabia dessas condições reinantes dentro e fora de Israel e por isso sentia profunda tristeza e anelava misericórdia por si mesmo e por todos a seu redor. Deus que inspirava tais sentimentos no coração do seu servo lhe revelou que muitos se converteriam dente os pagãos para serem fiéis a Deus guardando o sábado fielmente (Is 56) e estes veriam a salvação de Deus quando da segunda vinda de Jesus (Is 52:10) e nenhum deles jamais deveria sequer cogitar que Deus lhes apartaria dentre seu povo (Is 56:3-8).
O plano da Salvação abarca a todos e fez suficientes provisões para que tantos quantos desejarem sejam justificados, santificados e glorificados numa relação de Arrependimento com Deus e fé em Cristo. Deus deseja e pode conceder vida ao ser humano morto em delitos e pecados. Deus não desamparará aquele que desejar viver em comunhão com Ele e buscar as coisas do alto onde Cristo vive. Anjos poderosos são enviados com luz, misericórdia, proteção e bênçãos espirituais àqueles que estão neste mundo em trevas em meio a situações perigosas e desanimadoras. As orações são atendidas e Deus concede libertação e paz a seus filhos antes aflitos e desconsolados pelas perplexidades da vida em um mundo mal.
Deus se revelará a eles de muitas formas e os colocará em contato com tudo aquilo que lhes for importante para a salvação mediante a fé em Jesus. Deus nunca desamparará aqueles que por quem deu seu Filho Unigênito, antes lhes estará ao lado para salvá-los, pois os ama com amor eterno, um amor inexplicável e extraordinariamente mais forte do a morte.
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