"Ouve, te peço, a Palavra do Senhor, segundo a qual eu te falo; e bem te irá, e será poupada a tua vida" Jeremias 38:20
Zedequias, no início de seu reinado, contava com a confiança de Nabucodonosor e acima do rei da Babilônia, o rei tinha a Deus como seu ajudador através dos conselhos do profeta Jeremias. Tivesse ele se submetido ao rei do império invasor conforme era-lhe ordenado pela Palavra do Senhor, e muitos dos que já haviam sido levados cativos à Babilônia teriam sido postos em terreno vantajoso e os terríveis resultados do cerco que viria mais tarde pela infidelidade de Zedequias teria sido evitado. Rei, sacerdotes e povo, tanto entre os que foram levados cativos como entre os que ficaram em Judá, foram aconselhados a se submeterem ao poder temporário de seus inimigos e isso só poderia ser feito através de humilhação pessoal diante do cativeiro. Essa humildade e submissão, porém, não são naturais no coração humano e Satanás, conhecedor dessas verdades e aproveitando-se das circunstâncias, instigou falsos profetas à insolentemente pregarem que o reino lhes seria facilmente e brevemente restaurado.
Através de um caminho fácil o povo esperava ser liberto, sem arrependimento dos pecados que levaram ao cativeiro e sem reforma. A Palavra do Senhor foi enviada a todos acautelando os atentos a não darem atenção aos falsos profetas (Jr 29:8) e Jeremias profetizou o retorno deles à Jerusalém em 70 anos (Jr 29:10) e essa Palavra não falharia.
As esperanças excitadas pelas profecias falsas tornariam excessivamente amargas as experiências do povo que se inclinasse a desprezar a Palavra de Deus e acreditar nas mentiras dos homens. Qualquer manifestação de desagrado diante da condição em Babilônia como qualquer ato rebelde poderia conduzir a situações mais difíceis para a permanência ou mesma para a própria sobrevivência na terra do cativeiro e Deus queria que seu povo tivesse paz, ainda que tivessem que sofrer por sua obstinada rebelião contra o céu.
Os falsos profetas guerreavam contra Jeremias e suas mensagens enganando o povo. Deus castigou notavelmente alguns desses que assim ousaram tentar estorvar a obra de Deus através de seu servo. Mesmo as nações vizinhas a Israel foram avisadas a não se insurgirem contra o império Babilônico (Jr 27:2-3), pois Deus os havia entregado nas mãos de Nabucodonosor (Jr 27:7) e terríveis seriam os juízos sobre indivíduos ou povos que não aceitassem isso, motivados pelos falsos profetas (Jr 27:8-11).
Os representantes das nações e os filhos de Israel estavam numa situação difícil entre mensagens contraditórias que clamam autoridade divina (Jr 28:1-3 e 13-14) e todos deveriam escolher bem o caminho que iriam seguir. O falso profeta Hananias se colocou falsamente em nome do Senhor e sofreu as conseqüências por mentir em nome do Altíssimo (Jr 28:15-17). Zedequias conseguiu se manter no poder como vassalo e renovou seus votos de submissão aos rei de Babilônia mas esse pobre e infeliz pecador não deu ouvidos à Palavra do Senhor, não se converteu a Deus e se rebelou contra Nabucodonosor (2Cr 36:12-13).
Jeremias pregava ao povo que ficara em Judá e Deus suscitou o profeta Ezequiel para profetizar entre os que estavam cativos em Babilônia. O profeta na terra do cativeiro demonstrou a todos a loucura de se confiar nas palavras dos falsos profetas e a terrível amargura que seria resultado disso. Ele profetizou através de diversos símbolos o cerco futuro de Jerusalém e sua destruição. Ezequiel viu em visão as abominações dos israelitas dentro do templo de Jerusalém e sua vergonhosa idolatria ateísta que dizia: “O Senhor não nos vê, Ele abandonou a terra” (Ez 8:11-12) e havia maiores abominações que estas diante do Senhor por parte daqueles eu deveriam ser a luz do mundo (Jr 23:11 e 2Cr 36:14).
O dia da condenação de tal povo se aproximava velozmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário