e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé... Filipenses 3:9
Estar "em Cristo" é o maior privilégio que um ser humano pode desfrutar na face desta terra. Essa expressão ("em Cristo"), porém, tem múltiplas nuances e carrega vários significados, e todos devem ser entendidos pelo estudante da Palavra de Deus.
Nesse Post trago a tradução do verbete "Em Cristo" do Dicionário de Paulo e suas cartas (Dictionary of Paul and His Letters, Gerald F. Hawthorne, Ralph P. Martin [editors]) e espero que isso seja de grande valia para aqueles que buscam nesse espaço virtual mais conhecimento da Palavra de Deus!
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Graça e Paz!!!
“Em Cristo”
As frases: “em Cristo (Jesus)” e “no Senhor” aparecem freqüentemente nas cartas paulinas. Elas são quase inexistentes em outros escritos do Novo Testamento, exceto nas referências pronominais a Cristo feitas nos escritos de João. A concentração dessas expressões nas cartas paulinas tem sido objeto de estudo e muitos intérpretes têm sugerido que elas representam uma fórmula paulina. É freqüentemente referido que tais fórmulas estavam baseadas em uma concepção “local” de Cristo como substância e pessoa. Mas a variedade de maneiras na qual as frases aparecem nas cartas de Paulo indicam que elas servem como um idioma flexível que pode expressar a instrumentalidade ou modo de ações tanto quanto para expressar localidade. Enquanto Paulo às vezes unia as expressões “em Cristo” com a imagem de Cristo como figura inclusiva, corpo ou edifício, não é derivada de, ou limitada à ideia corporativa. Ao contrário, a linguagem de Paulo é parte de um uso metafórico comum para designar a realidade “espacial” pela qual definição ou exclusividade são representadas. De várias formas, portanto, a expressão “em Cristo” carrega a crença de Paulo de que os propósitos salvíficos de Deus são afetados decisivamente afetados (realizados) através de Cristo.
1. O uso da expressão
2. A origem e a base da expressão
3. Aspectos teológicos no uso paulino da expressão
1. O uso da expressão
Um número de variações da expressão são possíveis para Paulo, as mais freqüentes são “em Cristo,” e “em Cristo Jesus,” e “no Senhor.” É provável que as formas independentes podem representar nuances diferentes em seu significado. As cartas paulinas só usam a expressão “em Jesus” (Efésios 4:21), e nunca “em Jesus Cristo,” conquanto referências à Jesus Cristo apareçam regularmente nas cartas. A proeminência de “Cristo,” na frase, sugere uma ênfase no status exaltado e no papel salvador do Messias, e adiante de seu direito em demandar obediência, ou sua habilidade de oferecer libertação dos “poderes” (ex., Fil. 1:14; 1 Tess. 4:1). Essas distinções no significado podem às vezes não estar presentes (veja por exemplo: Rom. 16:1-16).
Diferentemente da literatura joanina, com o foco na mútua inerência (presença) de Cristo e dos crentes, Paulo não enfatiza esse aspecto recíproco. A ideia de que Cristo está em, ou entre os crentes aparece em suas cartas (ex., Gál. 2:19; Rom. 8:10; Col. 1:27) mas apenas ocasionalmente trazida pela associação com o pensamente de que os crentes estão em Cristo.
A expressão é usada sob um campo triangular de significados ao invés de um só sentido “técnico.” Em um lado do campo alguém pode encontrar os exemplos da fórmula “algumas pessoas/alguma igrejas (estão) em Cristo,” onde a frase adquire um sentido local. Em outro lado pode-se encontrar afirmações como “Deus estava reconciliado o mundo consigo mesmo em Cristo” (2 Cor. 5:19). Aqui Cristo é visto como um instrumento da ação de Deus (mas ainda existe debate sobre o significado desse verso). Às vezes “em Cristo/no Senhor” pode estar enfatizando a maneira na qual uma ação acontece (“falo a verdade em Cristo,” Rom. 9:1). O uso paulino da frase se move entre esses limites, geralmente exibindo uma falta de distinção entre as três ideias de: localidade, instrumentalidade, ou modalidade (ex., “seu trabalho não é em vão no Senhor” (1 Cor. 15:58).
Como Robertson e outros têm observado, o uso instrumental da preposição grega en (“em”) é uma extensão metafórica de sentido local (Robertson, 590). Mesmo quando “em Cristo/no Senhor” é usado para descrever um instrumento ou forma de agir, “Cristo” é entendido como uma “esfera” definidora. A frase carrega um sentido mais específico do que se fosse usada a palavra “através.” A mudança de Paulo da expressão “através de um ser humano” para as frases “em Adão” e “em Cristo” em 1 Cor. 15:21-22 demonstra isso. Cristo, e nenhum outro, é o instrumento de Deus para fazer homens ressurgir dentre os mortos, assim como a morte veio apenas através de Adão. Uma mudança de sentido similar emerge em 2 Cor. 5:18-19 onde Paulo se move da afirmação de que ele foi reconciliado com Deus através de Cristo, para a descrição de sua pregação afirmando que Deus estava reconciliando consigo o mundo em Cristo. Na segunda instância a exclusividade da proclamação evoca uma ideia mais definida.
Ocasionalmente Paulo descreve os crentes ou suas ações como “no Espírito” (ex., Rom. 8:9; 9:1; 14:17). Se devemos tomar Romanos 8:1-11 como o contexto determinante, fica claro que estar “em Cristo” conduz ao estar “no Espírito,” não o contrário (Rom. 8:1-2). Aqueles que pertencem a Cristo são a habitação do Espírito Santo, e portanto não estão “na carne,” mas “no Espírito” (Rom. 8:9).
Por duas vezes Paulo se refere aos tessalonicenses como estando “em Deus o Pai e no Senhor Jesus Cristo” (1 Tess. 1:1; 2 Tess. 1:1). Essa variação incomum é parte da concentração de referência a Deus que Paulo faz em sua correspondência com os tessalonicenses, fluindo de seu foco escatológico, e talvez de sua consciência da recente conversão deles do paganismo. Isso pode refletir uma preocupação da parte de Paulo em preservar o monoteísmo enquanto afirma/enfatiza a eficácia da fé em Cristo.
Nas cartas aos colossenses e aos efésios a freqüência de “em Cristo/no Senhor” aumenta acentuadamente. Mais adiante, surge uma série de novas metáforas espaciais. A plenitude da Divindade que habita o corpo de Cristo (Col. 2:9). O propósito divino para a criação, redenção, e consumação de todas as coisas é compreendida dentro da “esfera” de Cristo (Efésios 1:3-10). Os crentes foram assentados nos céus por serem incorporados em Cristo (Ef. 2:6; Col. 3:1). Eles foram feitos parte do corpo cuja cabeça é Cristo (Ef. 4:15-16). Eles estão sendo edificados juntos como um templo (Ef. 2:21-22). Eles foram revestidos de uma nova humanidade (Ef 4:22-24; Col. 3:10). Todas essas imagens apresentam a Cristo como uma expressão focal da Deidade e do propósito Divino, e conseqüentemente como a base da vida e da unidade da igreja inteira.
2. A origem e a base da expressão
O sentido local ou espacial que as expressões “em Cristo/no Senhor” proveram foram o ponto de partida para modernas teorias eruditas a respeito de suas derivações. Geralmente essas teorias dependem de uma compreensão “quase-física” de “Cristo” a fim de interpretar o sentido espacial explicitado nessas expressões. Alguns eruditos na primeira parte do século vinte clamavam que Paulo, igualando Cristo e o Espírito, entendia a Cristo como uma espécie de fluído que tudo perpassa, como o ar que respiramos e nos qual vivemos (Ex., Deissmann, Bousset). Outros afirmavam que o pano de fundo para a ideia de local jazia no mito de um redentor encontrado nos escritos gnósticos (ex., Käsemann). Essa tese mais adiante proveu os meios para o entendimento das afirmações de Paulo sobre a participação com Cristo em sua morte e ressurreição: como membro do corpo material do redentor, e alguém que partilhou de seu destino.
A. Schweitzer afirmou ter encontrado a fonte do pensamento de Paulo em uma expectação judaica de uma união física real dos eleitos com o Messias. Durante as últimas décadas do século vinte, eruditos tendem a apelar à noção mais ampla de uma “personalidade corporativa,” que é um conceito encontrado nas Escrituras hebraicas e na literatura judaica antiga (ex., Best, Moule). Nessa leitura Cristo é considerado uma “pessoa” que a tudo circunda e com quem toda a comunidade de crentes está unida na experiência e no destino. Essa ideia freqüentemente usada, mas mal definida, tem estado debaixo de justificado criticismo em estudos mais recentes. (ver Wedderburn, Porter).
Em certa medida o entendimento local e quase-físico da linguagem de Paulo tem sido ajustado por muitos estudos realizados na metade do século vinte, especialmente os estudos de F. Neugebauer e M. Bouttier. Neugebauer negou que “em Cristo” ou “no Senhor” tivesse qualquer sentido espacial, argumentando que essas expressões convergem em vez de a uma ideia temporal à ideia de inclusão no evento salvífico decisivo: a morte e ressurreição de Cristo. Bouttier foi mais impressionado pela diversidade do uso paulino das expressões, encontrando ideias instrumentais e escatológicas bem como ideias de sentido inclusivo (local). Esses estudos trouxeram um aumento na percepção de que em muitos contextos a força primária dessas frases está em outro sentido senão o de localidade.
Permanece a questão caso o emprego de Paulo da metáfora espacial demande alguma das propostas imagens “corpóreas” de Cristo. Três considerações cruciais argumentam contra a suposição de que a ideias de uma realidade orgânica está por detrás de seu uso. As referências de Paulo às expressões “em Cristo” e “no Senhor” parecem ser uma extensão especial da prática comum (ainda que não comumente noticiada) de representar exclusividade de forma simbólica através de uma localidade. Paulo, como o salmista, se regozija e tem esperança “no Senhor” (ex., Fil. 4:4; cf. Sl 5:11; 9:2; 33:21-22). Ele aplica uma linguagem semelhante a pessoas que não se encaixam no modelo de uma “personalidade corporativa” universal: Os israelitas foram batizados “em Moisés” (1 Cor. 10:2), Deus prometeu abençoar todas as nações “em Abraão” (Gál. 3:8-9), ele suscitou faraó para demonstrar seu poder “nele” (Rom. 9:15), os filipenses tinham a mesma luta que haviam visto e ouvido “em mim” (Fil. 1:30), o marido descrente é santificado “na sua esposa” (1 Cor. 7:14). Representações paralelas podem ser encontradas em outros lugares do NT (ex., Mc 3:22; 14:6), em autores judeus contemporâneos a Paulo (“nEle [Deus], e em nenhum outro, estava a salvação deles,” Josefo Ant. 3.1.5 §23), um papiros seculares (ex., “Existe um débito adicional sobre o preço dos grãos ‘em Ptolomeu,’” citado por Mayser 2.396), e mesmo em fontes gregas clássicas do quinto século antes de Cristo (ex., Sófocles Ajax 518, A prisioneira de Ajax, Tecmessa: “em ti inteiramente, estou entregue”). A preposição grega en, “em,” pode fazer convergir associação ou instrumentalidade, mas a ideia de uma “esfera” definidora permanece presente em tais casos. O uso mais amplo da metáfora espacial nos alerta contra se requerer a imagem de um local fisco/concreto para explicar a linguagem de Paulo.
Além disso, apesar da tentativa ter sido feita (Schweitzer; Sanders), não é possível estender a imagem da união com Cristo “local/quase-física” com a teologia paulina em sentido mais amplo. Existe um colapso da metáfora, que revela que ela não é definida por um entendimento da salvação definidamente de forma corporal/geográfica. Paulo deriva suas demandas éticas a partir daquilo que Deus realizou em Cristo: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento.” (1 Cor. 5:7); “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Ef. 5:8). Se Paulo estivesse operando com um conceito orgânico de salvação, ele poderia falar de graus de participação mística (ex., um processo de estar sendo progressivamente preenchido por “luz”), mas não na formulação paradoxal que ele nos apresenta aqui.
A utilização de Paulo de símbolos materiais é forte, ainda que diversa, sugerindo uma pluralidade de metáforas ao invés de apenas uma ideia basicamente realista delas. A figura paulina do “corpo de Cristo” é suplementada por sua descrição da comunidade dos crentes como o templo de Deus (ex., 1 Cor. 3:16, 17; Ef. 2:19-22). Ele lida com imagem do dualismo entre espírito e corpo com a descrição da imersão e infusão com o Espírito que une os crentes em um só corpo (1 Cor. 12:12-13). Ele ocasionalmente também faz uma ligação entre Cristo e o Espírito (Rom. 8:10; 1 Cor. 15:45). Ainda assim não existe uma identificação absoluta de nenhum dos dois (ex., Rom. 8:11). Antes disso, essas afirmações representam uma metonímia: Se fala do Espírito como se fala de Cristo, pois o Espírito é o meio pelo qual o senhorio de Cristo é tornado efetivo na vida dos crentes (ex., 1 Cor. 12:3).
É digno de nota que a expressão “em Cristo” qualifica a ideia dos crentes como o corpo de Cristo, descrevendo sua esfera de validade: “Nós que somos muitos, somos um só corpo em Cristo” (Rom. 12:5). Como Grundy argumentou, o corpo aqui é uma metáfora para a interdependência e unidade dos crentes, não para uma entidade real.
Conquanto as explicações corporativas não sejam satisfatórias, é claro que para Paulo, em algum sentido real, os crentes participam na morte de Cristo e em sua ressurreição. A vida em Cristo traz participação com Ele em sua morte e ressurreição (Rom. 6:1-11; 2 Cor. 13:4; Gál. 3:26-28). O emprego que Paulo faz do termo “Adão” como uma figura inclusiva é de importância fundamental ao traçarmos esse aspecto de seu pensamento. Antigos paralelos judaicos às referências de Paulo a Adão são especialmente próximos, e revelam uma concepção de destino baseado em um pronunciamento Divino que se harmoniza com as afirmações de Paulo. Deus ordenou que toda a raça humana surgisse de um ser humano, para mostrar que aquele que assassina um ser humano é culpado de matar o mundo inteiro (m.Sanh 4:5). Com a transgressão de Adão a condenação chegou a toda humanidade (4 Esdras 3:21; 2 Baruque 23:4; 48:42). O juízo de Deus a respeito da atitude de um decide a vida ou a morte de muitos: assim em Adão, como em Cristo, Paulo argumenta (1 Cor. 15:22; Rom. 5:12-21). A solidariedade com Adão flui da vontade de Deus em abençoar ou amaldiçoar através dele, e não de descendência física, conquanto nessa instância as duas ideias convirjam. A dependência de Paulo dessa categoria mais ampla é manifesta em sua interpretação de bênção divina aos gentios “em Abraão,” que, com certeza, não eram descendência física do patriarca. (Gál. 3:8-9).
A conexão que Paulo faz entre Adão e Cristo deriva de seu entendimento da abrangência universal de sua obra de expiação na cruz: “um morreu por todos, logo, todos morreram” (2 Cor. 5:14-15). Como Adão, portanto, Cristo é o novo começo da humanidade (Gál. 3:28; Ef. 4:22-24; Col. 3:9-11). A ideia de que todos os destinos, tanto do Messias quanto do povo de Deus, estão ligados entre si não é única (ex., Dan. 7:9-27; 2 Baruque 30), mas o universalismo messiânico explícito em Paulo é. Para ele, as figuras de Adão e de Cristo são contrastadas em noções de Julgamento e Salvação todo-abrangentes.
A expressão “em Cristo/no Senhor” provavelmente surge do cristianismo judaico primitivo. O livro de Atos provê evidência de que, antes de Paulo, os primeiros crentes em Jerusalém proclamavam a Jesus como a “esfera” decisiva da atitude de Deus em salvar (Atos 4:2, 12). E como a confiança de Paulo na afirmação tradicional expressa em Romanos 6:3 demonstra, antes dele a participação na salvação já era expressa no batismo, através do qual uma pessoa era transferida para o “domínio de Cristo.” Essa linguagem e essas ideias chegaram a uma proeminência especial e adquiriram definição posterior nas cartas de Paulo.
3. Aspectos teológicos no uso paulino da expressão
Conquanto existam consideráveis sobreposições de vários tipos, as ocorrências das expressões podem ser divididas em cinco categorias temáticas mais gerais:
(1) Mais de um terço das 151 referências afirmam algo que Deus fez, ou faz, através de Cristo para a salvação. (ex., “a redenção que há em Cristo Jesus” Rom. 3:24). Como temos notado, em Colossenses e em Efésios isso é expandido até incluir e criação e a consumação.
(2) Aproximadamente outro terço do uso das expressões tem a ver com exortações ou recomendações a respeito do comportamento ou do caráter (ex., “alegrai-vos sempre no Senhor” (Fil. 4:4); “Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus” Rom. 16:3).
(3) Cerca de 20 referências descrevem o estado presente dos crentes em vista da obra salvadora de Cristo (ex., “somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros” (Rom. 12:5).
(4) Cerca de 12 referências descrevem pessoas específicas ou situações particulares em relação à salvação. Entre essas estão seis afirmações que simplesmente afirmam que certas pessoas estão “em Cristo” (Rom. 16:7, 22; 1 Cor. 1:30; Gál. 1:22; 1 Tess. 3:8; 2 Cor. 12:2).
(5) Duas referências em Colossenses têm a ver estritamente com a natureza de Cristo (Col. 1:19; 2:9).
A expansão das frases no vocabulário das cartas de Paulo é fruto, basicamente, de duas preocupações fundamentais:
(1) De várias maneiras Paulo achou necessário afirmar a exclusividade ou natureza distinta da ação salvadora de Deus através de Cristo. Descrever a Deus agindo “em Cristo” ou a redenção como ocorrendo “em Cristo” é sucintamente descrita nesse pensamento: “o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rom. 6:23).
(2) Era também importante para Paulo definir aos crentes como eles deveriam vivem sob o senhorio de Cristo. Em afirmações que conclamam, descrevem, ou ordenam obediência, a ideia das expressões “em Cristo/no Senhor” comunica simultaneamente o dom da salvação e o mandamento Divino que a acompanha. (Ex., “fiquem firmes no Senhor” Fil. 4:1). As frases, portanto, se tornam um veículo para Paulo descrever a vida da fé sob o senhorio de Cristo em um mundo onde outros poderes e tentações estavam presentes. Agir “em Cristo” é agir em fé e em obediência diante de outras alternativas: “Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor.” (Gál. 5:6).
Bibliografia
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